A vereadora Erika Hilton acionou o Ministério Público de São Paulo para que o órgão investigue a utilização de recursos públicos para a realização da motociata feita por Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (15), na capital paulista. Ela pede que o MP apure a “expressa campanha antecipada” paga com dinheiro do estado.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo havia divulgado que custaria cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos do estado o policiamento do evento “Acelera Para Cristo 2”. Os custos pagariam o reforço de mais de 1.900 policiais militares.

“O dinheiro público não pode ser usado para os interesses pessoais e eleitorais de Bolsonaro. Segurança, fechamento de rodovia, congestionamentos. Os prejuízos estão sendo inúmeros”, escreveu.

A motociata tem entre seus organizadores o empresário Jackson Vilar. Conforme informado na Folha de S. Paulo, os gastos da primeira motociata na capital paulista chegaram a R$ 1,2 milhão com a participação de 1.433 policiais, cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas. A informação é da própria Secretaria de Segurança Pública.

Em uma motociata de menor proporção, como a realizada na cidade de Presidente Prudente, os custos públicos superaram R$ 300 mil, com 450 policiais militares, drones e um helicóptero.

Ao todo, as motociatas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) já custaram praticamente R$ 5 milhões aos cofres públicos, conforme um levantamento feito pela Folha em dezembro de 2021. Na fatura, estão despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os gastos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro. Os dados foram obtidos a partir de mais de 50 pedidos via Lei de Acesso à Informação, diz o jornal.