Servidores federais fizeram um ato nesta sexta-feira (18), às 9h, em frente ao Ministério da Economia, em Brasília, em protesto contra o congelamento de salários em meio à alta da inflação do atual governo. A data de hoje foi marcada por faz justamente um mês, desde 18 de janeiro, que os servidores tentam uma negociação com o governo Bolsonaro sobre a reposição inflacionária de seus salários. O ato foi mobilizado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Várias entidades que representam diversas categorias de servidores federais vêm exigindo a abertura imediata de uma mesa de negociação. Entretanto, a única resposta foi um longo silêncio.

Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus, o ato contou com a representação reduzida de direções das entidades que constroem o movimento pela recomposição salarial. Os servidores estão há pelo menos cinco anos com salários congelados, mas vem reivindicando apenas a reposição linear de 19,99%, correspondente à inflação de três anos do governo Bolsonaro.

Foto: Nivea Magno / Midia NINJA

“Os porta-vozes do governo mentem ao afirmar que não há recursos suficientes para atender a todo o quadro de servidores e pedem a compreensão dos sindicatos”, diz nota publicada pelo Fonasefe. “Mas enquanto reservou R$ 1,7 bilhão para reposição de perdas inflacionárias dos funcionários públicos na Lei Orçamentária de 2022, o Governo destinou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no ‘orçamento secreto'”. A Lei também reserva um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida (banqueiros).

O presidente Bolsonaro defende que o valor de R$ 1,7 bilhão seja usado para repor os salários de apenas três categorias (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional). Mas o Brasil possui 1,257 milhão de servidores federais de diversas áreas.

Texto via Fonasefe