8 pesquisadoras das mudanças climáticas e Amazônia que você deve conhecer e seguir
Dentre os temas de pesquisa figuram uso do fogo, degradação ambiental, pesquisas em áreas úmidas do Ártico, nuvens, ciclo do carbono…
Mariane Santana, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP26
Os homens estão em maior número na área da ciência, é verdade, mas nesse campo, principalmente de pesquisas ambientais, a produção acadêmica de mulheres se destaca. Reunimos aqui, oito cientistas, dentre elas estão brasileiras, que têm como enfoque de suas pesquisas, as mudanças climáticas e a Amazônia.
Vamos conhecê-las?
Erika Berenguer
“Ecologista da floresta tropical apaixonada pela Amazônia e todas as suas maravilhas”. É assim que se define a pesquisadora brasileira que possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorado em Ecologia pela Lancaster University e pós-doutorado pela mesma instituição; Também tem pós-doutorado pela University of Oxford e é pesquisadora visitante na Lancaster University. Degradação florestal, extração madeireira, fogo e desmatamento são focos de seus estudos.
Adriane Esquivel-Muelbert
Adriane se define em sua conta no Twitter como ecologista brasileira que estuda os impactos das mudanças globais nas florestas, particularmente na Amazônia. Ela estuda mudanças globais sobre a dinâmica, estrutura e composição de florestas, principalmente, as tropicais. Atualmente trabalha na Universidade de Birmingham onde busca entender quais os principais fatores influenciam na mortalidade de árvores e como estes, variam espacialmente. Ela é doutora em Ecologia e Mudanças Globais pela Universidade de Leeds, Inglaterra, mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e graduou-se em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná.
Ane Alencar
Especialista em fogo na Amazônia, a pesquisadora brasileira, diretora de Ciência do IPAM, é formada em Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), tem mestrado em Sensoriamento Remoto e Sistema de informação Geográfica pela Universidade de Boston e doutorado em Recursos Florestais e Conservação pela Universidade da Flórida. Seu principal foco de pesquisa tem sido entender os impactos das mudanças climáticas e da fragmentação florestal causada pelo desmatamento na ocorrência e aumento dos incêndios florestais na Amazônia brasileira. Além disso, tem coordenado as iniciativas do IPAM no desenvolvimento de sistemas de monitoramento de estoque e perda de carbono florestal e monitoramento do desmatamento para apoiar o desenvolvimento de projetos de REDD. Faz parte do programa Cenários para a Amazônia, o qual integra experiências de planejamento participativo do desenvolvimento de dois corredores econômicos, as rodovias BR-163 no Pará e Transoceânica no Acre. Sua pesquisa envolve o desenvolvimento de cenários de uso da terra como ferramenta de subsídio às discussões sobre políticas públicas que fomentem a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal.
Dra. Kate Marvel
A cientista climática Kate Marvel é pesquisadora associada da Universidade de Columbia e do Instituto Nasa Goddard para Estudos Espaciais em Nova York. Ela tem PhD em física teórica pela University of Cambridge em 2008 e trabalhou no Carnegie Institution, Lawrence Livermore National Laboratory e Stanford University. Sua pesquisa se concentra em modelagem climática e nuvens. Ela escreve a coluna Hot Planet para a Scientific American e em 2017 deu uma palestra TED sobre nuvens e mudança climática.
Dra. Corinne Le Quéré
Corinne Le Quéré é professora de Ciência e Política de Mudanças Climáticas na Universidade de East Anglia e Diretora do Centro Tyndall para Pesquisa de Mudanças Climáticas (Reino Unido), e membro do Comitê de Ciência do Futuro da Terra. Sua pesquisa se concentra nas interações entre as mudanças climáticas e o ciclo do carbono, incluindo o ambiente natural e a sociedade. A professora Le Quéré tem em seu currículo um Ph.D. em oceanografia na University of Paris VI, mestrado em Ciências Atmosféricas e Oceânicas pela McGill University e um B.Sc. em física pela Universidade de Montreal. Ela conduziu pesquisas na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, no Instituto Max-Planck de Biogeoquímica na Alemanha e no British Antarctic Survey no Reino Unido. Ela é originalmente do Canadá.
Merritt Turetsky
Ecologista estudiosa do ecossistema americano e professora da University of Colorado Boulder. Ela atua como diretora do Instituto de Pesquisa Ártica e Alpina. Sua pesquisa considera os regimes de fogo, mudanças climáticas e ciclos biogeoquímicos nas zonas úmidas do Ártico, com amplos interesses em ecologia de plantas, biogeoquímica e mudanças globais. Ela usa uma variedade de abordagens, de manipulações em grande escala a experimentos de laboratório e reconstruções paleoecológicas, para compreender a resiliência de comunidades e ecossistemas às mudanças ambientais. Trabalha com questões de pesquisa integrativa que abrangem níveis de organização biológica, particularmente questões que exploram os mecanismos evolutivos, fisiológicos e ecológicos que sustentam os serviços ecossistêmicos.
Luciana Gatti
A pesquisadora brasileira é titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/ Centro de Ciências do Sistema Terrestre e professor de pós-graduação do curso Tecnologia Nuclear do IPEN / Universidade de São Paulo. Atua desde 2003 principalmente em pesquisas na área de Mudanças Climáticas, focadas no entendimento do papel da Amazônia na emissão/absorção de Gases de Efeito Estufa e o efeito das variáveis climáticas nestes balanços. Atua nas áreas de Química da atmosfera, com ênfase em Análise de Gases Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: gases de efeito estufa, interações atmosféricas, gases traços, compostos orgânicos voláteis. Possui graduação em Química na FFCLRP- Ribeirão Preto pela Universidade de São Paulo, Mestrado em Química Analítica pela Universidade de São Paulo – IQF São Carlos e doutorado em Ciência – UFSCar – Departamento de Química. Especialista em medidas de alta precisão de Gases de Efeito Estufa e estudos em escala Regional utilizando aviões de pequeno porte. Coordena projetos de cooperação internacional em parceria principalmente com NOAA, Universidade do Colorado, Universidade de Leeds, Leicester, Wageningen, Edimburgo, entre outras.
Luana Basso
Atualmente realiza o segundo Pós-Doutorado no Centro de Ciências do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CCST/INPE). Atuou como Professora Titular do curso de Ciências Biológicas da Universidade Paulista. Realizou o primeiro Pós-Doutorado na Universidade de Leeds, com ênfase em ciclo do carbono e modelamento. Atua desde 2009 em pesquisas na área de Mudanças Climáticas, focadas no entendimento do papel da Amazônia na emissão/absorção de Gases de Efeito Estufa e o efeito das variáveis climáticas nestes balanços. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Química da Atmosfera, atuando principalmente nos seguintes temas: gases de efeito estufa, Amazônia, mudanças climáticas, metano e dióxido de carbono. Além de possuir experiência em análise de dados, emissões atmosféricas, produção de projetos e periódicos internacionais. ela é mestre e doutora em Ciências com ênfase em Mudanças Climáticas e quantificação de Gases de Efeito Estufa pela Universidade de São Paulo (USP), no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Graduada em Ciências Biológicas pela UNIP.
A @MidiaNinja e a @CasaNinjaAmazonia realizam cobertura especial da COP26. Acompanhe a tag #ninjanacop nas redes!