Sob uma temperatura de 6° C, começou neste domingo (31) a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26). A cerimônia ocorreu no Campus de Eventos da Escócia.

Por conta da pandemia, ela ocorre com um ano de atraso. Em seu discurso, a secretária executiva da Convenção do Clima, Patricia Espinosa, falou sobre a expectativa depois do encontro em Madri, na COP25. “Nossa longa espera terminou”. Os lugares utilizados para abrigar as delegações deram lugar aos leitos para abrigar doentes de covid.

“Vamos ver o que conquistamos. Estamos em um ponto crucial da história. Ou escolhemos alcançar reduções rápidas e em grande escala das emissões para manter a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C ou aceitamos que a humanidade enfrenta um futuro sombrio neste planeta”, realçando que os resultados da COP26 ditarão o destino das próximas gerações.

“Ou optamos por reconhecer que o ‘business as usual’ não vale o preço devastador que estamos pagando e fazemos a transição necessária para um futuro mais sustentável, ou aceitamos que estamos investindo em nossa própria extinção”, alertou.

Confira algumas declarações:

“Sabemos que o enfrentamento da mudança do clima tem que ser transversal, e por isso convocamos os ministros das Finanças, Energia, Ciência e Transporte para impulsionar uma transformação multisetorial”, disse  a ministra do Meio Ambiente do Chile e presidente da COP-25, Carolina Schmidt. Ela abriu a cerimônia e passou a presidência para Alok Sharma

“Sabemos que a janela do 1,5.C está fechando. Em todos os países estamos vendo os impactos devastadores do clima. Inundações, ciclones, incêndios florestais, temperaturas recordes. Sabemos que nosso planeta está mudando para pior. E só podemos abordar isso juntos, através deste sistema internacional. A mudança climática rápida e intensa está deixando claro que a COP-26 é nossa última e melhor esperança de deixar (o limite de) 1,5º C possível de ser alcançado. O trabalho começa hoje. Vamos ter sucesso ou falhar. Como um todo”, disse Sharma

“Dividimos uma única atmosfera e um único sistema climático”, disse Hoesung Lee, o presidente do painel científico da ONU sobre o clima (IPCC), alertando sobre a necessidade de engajamento de todos os países.

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