A importância da formação de base de um atleta paralímpico e as limitações sociais
Antes de um atleta se destacar em qualquer modalidade ele precisa de oportunidades, acesso e programas de formação.
Por Renan Cuel
Lidar com a saúde, exclusão, capacitismo, adversidades do dia a dia infelizmente já fazem parte da rotina das pessoas com deficiências (PCD).
Como ingressar no esporte com tanto preconceito, falta de acessibilidade e falta de inclusão?
Quantos municípios, estados fornecem e atendem as necessidades dos atletas com deficiência?
Há muitas perguntas a se fazer, a maioria ainda continua sem resposta!
A falta de políticas públicas, conhecimento e outros fatores limitam e dificultam ainda mais a vida desses atletas.
Sabe-se que o trabalho de base é fundamental para formar atletas, incentivo, apoio, preparação física e psicológica, atuação de uma equipe multidisciplinar compõe a vida de um esportista. É extremamente importante realizar um trabalho de base, para formar um bom atleta, evitar lesões com um bom trabalho preventivo, atuar de forma multidisciplinar possibilita um alto rendimento com resultados melhores.
Antes de um atleta se destacar em qualquer modalidade ele precisa de oportunidades, acesso e programas de formação. Quantos municípios, estados, fornecem esse apoio? Quantos programas existem voltados para esses atletas? Quantas pessoas com deficiência existem na sua cidade? Já parou para pensar? O fato é que em todo lugar existem pessoas com deficiências, a questão é que em poucos lugares existem incentivo e oportunidades para essas pessoas.
Os atletas do Brasil são um sucesso nas Paralimpíadas, mas infelizmente não possuem tanta visibilidade, espaço, oportunidades como os atletas que participaram das Olimpíadas. É preciso trazer isso a público, criar o debate, formar programas específicos municipais, estaduais e governamentais para maior visibilidade. Se não fosse a conscientização, a internet, o jornalismo que abre espaço, as coisas estariam piores. É preciso educar, conscientizar, formar, construir, desconstruir, sempre! É um aprendizado constante que deve ser compartilhado. Nesses jogos pudemos mostrar e incentivar diversas crianças que são PCD a ter referências no esporte através das redes, mas ainda falta mais meios de comunicação acessíveis a todos, uma vez que o Brasil é enorme e desigual.
Ficamos na torcida, pelo acesso, pelas oportunidades, por um mundo melhor.
Parabéns a todos os atletas paralímpicos por nos representar tão bem!
Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube