Por Renata Teles

Os Jogos Paralímpicos finalizaram e a delegação brasileira, que contou com 260 atletas, conquistou 73 medalhas, sendo 22 douradas, 20 de prata e 30 de bronze. Ficamos na 7ª posição no quadro de medalhas, o resultado que igualan nosso desempenho recorde em Londres.

De acordo com o quadro de medalhas, das 22 medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil, três são da nadadora Carol Santiago (50m livre, 100m livre e 100m peito), duas são Yeltsin Jacques (atletismo – 5000m rasos e 1500m rasos), uma da Alana Maldonado (judô até 73kg), uma do Alessandro da Silva (atletismo – lançamento de disco F11), uma da Silvânia Costa de Oliveira (atletismo – salto em distância T11), uma do nadador Wendell Belarmino (natação – 50m livre), uma do time masculino de Golbol e uma do time masculino de Futebol de 5. Das 20 medalhas de prata, uma é do Alessandro Silva (atletismo – arremesso de peso), duas da Thalita Simplicio (atletismo – 400m rasos) e outra é para a prova da natação revezamento 4x100m livre misto: Carolina Santiago; Lucilene Sousa; Douglas Matera; Wendell Belarmino. Por fim, das 30 medalhas de bronze, uma é da, já citada aqui, Carol Santiago (100m costas), outra é da Lúcia Araújo (judô até 57kg) e uma terceira é da Meg Emmerich (judô até 70kg).

Além de uma lista de conquistas nas Paralimpíadas de Tóquio, dos ouros históricos para o Brasil e dos recordes mundiais e paralímpicos quebrados, o que todos(as) medalhistas citados têm em comum? Todos(as) os(as) medalhistas citados(as) são atletas com deficiência visual. Vale lembrar que, além dos(as) nossos(as) atletas, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado de Oliveira, que é formado em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo e Mestre em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas, nasceu cego devido a uma catarata congênita.

Ao longo desta semana, dois competidores brasileiros, em específico, ficaram em destaque: Maria Carolina Santiago e Yeltsin Francisco Ortega Jacques. Carol conquistou cinco medalhas na Natação, se tornando a primeira atleta feminina no ranking de multimedalhistas do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), a maior medalhista do Brasil em uma única edição dos Jogos, quebrou recorde paralímpico dos 50m livre e, por enquanto, a se posiciona em terceiro lugar no quadro geral de medalhistas desta edição. Já o Yeltsin ganhou duas medalhas de ouro no Atletismo, sendo a segunda a centésima medalha de ouro paralímpica brasileira, com direito a recorde mundial nos 1500m rasos.

Descrição das imagens: (esquerda) Maria Carolina Santiago, uma mulher branca de cabelo preso, sorridente e emocionada, carrega no pescoço 5 medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 (três ouros, uma prata e um bronze). (Direita) o atleta Yeltsin sorri e ergue a medalha de ouro com uma mão e, com a outra, segura o buquê de flores e a pelúcia da mascote das Paralimpíadas que os atletas do pódio recebem. Ambos vestem o uniforme da seleção, o casaco é amarelo com detalhes verde e azul.

Fotos: Ale Cabral/CPB

Em meio a 260 atletas compondo a delegação brasileira, 55 competidores são atletas cegos ou com baixa visão, equivalendo 23 mulheres e 32 homens. Atletas com deficiência visual de 17 estados e do Distrito Federal estão representando o Brasil no Japão em cinco modalidades.  Conforme os dados do mapa abaixo, é possível constatar que os(as) naturais do estado do Rio de Janeiro são maioria, com sete representantes. Os(as) nascidos(as) no estado de São Paulo vêm em seguida, com seis. E, embora o estado da Paraíba esteja em terceiro lugar com mais atletas, o Nordeste, justo com Sudeste, são as duas regiões brasileiras com mais atletas representantes, são, ao todo, 34 atletas.

Descrição da imagem: No topo da imagem está o seguinte título: “Naturalidade dos/as atletas com deficiência visual convocados/as para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020”. Abaixo há um mapa do Brasil separado em Estados, pintados de acordo com a região em que se encontram: a cor verde representa a região Norte, vermelho – Nordeste, laranja – Centro-Oeste, amarelo – Sudeste, e lilás – Sul. Foram convocados sete atletas da região Norte; sendo uma mulher do Acre, duas mulheres e dois homens do Pará, e uma mulher e um homem de Rondônia. Da região Nordeste, 17 representantes foram convocados: uma mulher e três homens da Bahia; uma mulher e um homem do Maranhão; cinco homens da Paraíba; duas mulheres e um homem de Pernambuco; e, uma mulher e dois homens do Rio Grande do Norte. A região Centro-Oeste tem nove competidores: um homem do Mato Grosso; uma mulher e três homens do Mato Grosso do Sul; e, duas mulheres e dois homens do Distrito Federal. Há 17 atletas da região Sudeste em Tóquio, sendo um homem de Espírito Santo, uma mulher e um homem de Minas Gerais, quatro mulheres e três homens do Rio de Janeiro, e três mulheres e três homens de São Paulo. Por fim, a região Sul tem cinco atletas convocados: uma mulher e um homem do Paraná, uma mulher e um homem de Santa Catarina, e um homem do Rio Grande do Sul.

Fonte: CPB. Elaborado por Renata Teles

Conheça os(as) atletas com deficiência visual que estão em Tóquio

NO ATLETISMO

O atletismo é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe. Sendo obrigatório para os atletas da classe T11 (cego), opcional para a classe T12 (baixa visão) e não permitido para os competidores da classe T13. Nas provas de 5.000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa).

ALESSANDRO RODRIGO DA SILVA

Nascimento: 28/08/1984, Santo André (SP)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro no lançamento de disco, batendo recorde paralímpico e prata no arremesso de peso nas Paralimpíadas Tóquio 2020; ouro no lançamento de disco e bronze no arremesso de peso no Mundial Dubai 2019; ouro no lançamento de peso e no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no lançamento de disco no Mundial Londres 2017; ouro no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; e, dois ouros no arremesso de peso e lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
Sobre o Alessandro: Alessandro se tornou uma pessoa cega devido à toxoplasmose. Ele conheceu o esporte paralímpico através de um ex-professor que o apresentou à prova de arremesso. 

DANIEL MENDES DA SILVA

Nascimento: 15/06/1979, Nova Venécia (ES)
Classe: T11
Principais conquistas: Prata nos 400m no Mundial de Dubai 2019; ouro nos 400m nos Jogos Parapan- Americanos Lima 2019; bronze nos 200m e ouro no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze nos 200m e ouro nos 400m no Mundial Doha 2015; bronze nos 200m nos Jogos Parapan- Americanos Toronto 2015; bronze nos 200m e ouro nos 400m no Mundial Lyon 2013; prata nos 200m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; prata nos 100m e 200m e ouro nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; prata nos 200m e nos 400m e bronze nos 100m no Mundial da Nova Zelândia em 2011.
Guia-atleta em Tóquio: Wendel De Souza Silva
Sobre o Daniel: Em 2001, Daniel trabalhava numa marmoraria e sofreu um grave acidente quando duas placas de mais de 700kg se desprenderam e caíram sobre o seu rosto, provocando o afundamento do crânio, o que o fez perder a visão. Ele passou por diversas cirurgias de reconstrução facial. Em 2005, a convite de uma professora da Unicep, conheceu o atletismo.

EDILENE TEIXEIRA BOAVENTURA

Nascimento: 16/12/1987, Jaguaruna (SC)
Classe: T11
Guias-atleta em Tóquio: Eriton de Aquino Nascimento e Laercio Alves Martins
Sobre Edilene: Nasceu com Retinose Pigmentar e, gradualmente, perdeu o sentido visual. Começou no esporte por saúde, com o objetivo de perder peso, em 2017. Migrou para a maratona em 2019. 

EDNEUSA DE JESUS SANTOS

Nascimento: 28/07/1976, Salvador (BA)
Classe: T12
Principais conquistas: prata no Mundial de Maratonas de Londres 2019; bronze na maratona nos Jogos Rio 2016.
Guias-atleta em Tóquio: Cleiton Cezário Abrão | Vilmar Roberto Dias

Sobre a Edneusa: Edneusa possui baixa visão desde o seu nascimento, decorrente de uma Rubéola que sua mãe adquiriu durante a gravidez. Aos 24 anos de idade, competia no Atletismo tradicional e, em 2012, passou para o Atletismo paralímpico. Em sua estreia na Seleção, nos Jogos Rio 2016, Edneusa tornou-se a primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas.

FABRÍCIO JÚNIOR BARROS FERREIRA

Nascimento: 17/01/1998, Naviraí (MS)
Classe: T12
Principais conquistas: Bronze nos 100m no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m e bronze nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Guia-atleta em Tóquio: Jackson Cesar Da Silva
Sobre o Fabrício: Fabrício nasceu com toxoplasmose e, aos 14 anos, sofreu um descolamento de retina. Em 2003, conheceu o esporte paralímpico por meio de uma associação para pessoas com deficiência visual.

FELIPE DE SOUZA GOMES

Nascimento: 26/04/1986, Campos dos Goytacazes (RJ)
Classe: T11
Principais conquistas: Bronze nos 100m e nos 400m no Mundial Dubai 2019; prata nos 100m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no revezamento 4x100m e prata nos 100m, 200m e 400m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 400m e no revezamento 4x100m, e prata nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; ouro nos 200m e prata nos 100m no Mundial Doha 2015; prata nos 100m no Mundial Lyon 2013; ouro nos 200m e bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012, prata nos 4x100m no Mundial de Assen 2006; prata nos 100m e bronze nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007.
Guia-atleta em Tóquio: Jonas Alexandre de Lima Silva
Sobre o Felipe: Devido ao Glaucoma congênito, seguido de catarata e de descolamento da retina, Felipe começou a perder a visão aos 6 anos. Sem nenhum resíduo visual, jogou Futebol de 5, Goalball e, em 2003, conheceu o Atletismo.

IZABELA SILVA CAMPOS

 Nascimento: 11/04/1981, Belo Horizonte (MG)
Classe: F11
Principais conquistas: Bronze no lançamento de disco no Mundial Dubai 2019; ouro no lançamento de disco, bronze no lançamento de dardo e no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata no lançamento de dardo e bronze no lançamento de disco no Mundial Londres 2017; bronze no lançamento de disco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze no lançamento de disco no Mundial Doha 2015; ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; bronze no arremesso de peso no Mundial Lyon 2013.
Sobre a Izabela: Em consequência de Sarampo aos 6 anos, Izabela foi perdendo o sentido visual progressivamente até ficar totalmente cega aos 15. Aos 21, começou no Atletismo com o intuito apenas de perder peso. Chegou a correr 5.000m, 1.500m, 800m e 400m, mas foi com as provas de campo que mais se identificou. Sua primeira convocação para a Seleção foi em 2012, para os Jogos Paralímpicos de Londres.

JERUSA GEBER DOS SANTOS 

Nascimento: 26/04/1982, Rio Branco (AC)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro nos 100m no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 100m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m no Mundial Doha 2015; prata nos 100m e nos 200m no Mundial Lyon 2013; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m e nos 200m no Mundial da Nova Zelândia 2011; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Pequim 2008.
Guia-atleta em Tóquio: Gabriel Aparecido dos Santos Garcia
Sobre a Jerusa: Jerusa nasceu cega e, ao longo de sua vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco. Contudo, aos 18 anos perdeu todo o resíduo visual. Ela conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo com deficiência visual. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo dos 12s.

JHULIA KAROL DOS SANTOS DIAS DA FONSECA

Nascimento: 18/09/1991, Terra Santa (PA)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; bronze nos 100m no Mundial Doha 2015; bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; bronze nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011.
Guia-atleta em Tóquio: Mateus Santos de Oliveira
Sobre a Jhulia: Aos noves anos de idade, Jhulia perdeu a visão em virtude de uma meningite. A paraense começou no atletismo aos 15 anos.

JOEFERSON MARINHO DE OLIVEIRA 

Nascimento: 07/01/1999, João Pessoa (PB)
Classe: T12
Principais conquistas: Prata nos 100m no Mundial Dubai 2019; prata nos 100m e nos 200m no Mundial de Jovens de Atletismo em Notttwill, em 2017.
Sobre o Joeferson: Joeferson nasceu com albinismo e, aos 3 anos de idade, foi diagnosticado com baixa visão. Como brincadeira, iniciou no atletismo aos 9 anos. Começou a competir nas Paralimpíadas Escolares em 2013 e, com os bons resultados, em 2016 foi apresentado ao Pedrinho, seu atual técnico, com quem passou a treinar.

JÚLIO CESAR AGRIPINO DOS SANTOS

Nascimento: 17/01/1991, Diadema (SP)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro nos 1.500m no Mundial Dubai 2019.
Guias-atleta em Tóquio: Guilherme Ademilson dos Anjos Santos e Lutimar Abreu Paes
Sobre o Júlio: Aos 7 anos de idade, Júlio foi diagnosticado com Ceratocone, doença degenerativa na córnea. Ele era atleta convencional do Atletismo e migrou para o paradesporto mediante os treinadores do Centro Olímpico.

KESLEY JOSUE PEREIRA TEODORO

Nascimento: 24/01/1991, Rolim de Moura (RO)
Classe: T12
Principais conquistas: Quarto lugar nos 100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Sobre o Kesley: Kesley tem Doença de Stargardt, patologia genética que afeta a retina. Ele conheceu o atletismo através da sua irmã, Ketyla, que estava no ensino médio quando foi convidada para participar das Paralimpíadas Escolares, em 2012. Kesley já tinha se formado, mas seus pais afirmaram que só deixariam Ketyla ir até São Paulo se o irmão a acompanhasse. O técnico que convidou sua irmã percebeu que o atleta também poderia correr e ele iniciou sua carreira também nas Paralimpíadas Escolares.

KETYLA PAULA PEREIRA TEODORO

 Nascimento: 18/11/1995, Rolim de Moura (RO)
Classe: T12
Principais conquistas: Bronze nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Guia-atleta em Tóquio: Rodrigo Chieregatto Arcanjo
Sobre a Ketyla: Ketyla tem a Doença de Stargardt, patologia genética que afeta a retina, e, aos 13 anos de idade, começou a perder o sentido visual gradativamente, se tornando um a mulher com baixa visão. A atleta conheceu o esporte paralímpico no último ano do ensino médio, quando um treinador de um clube em Rondônia buscava atletas para participar das Paralimpíadas Escolares de 2012.

LORENA SALVATINI SPOLADORE

 Nascimento: 19/12/1995, Maringá (PR)
Classe: T11
Principais conquistas: Bronze nos 100m e nos 200m no Mundial Dubai 2019; bronze nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata no revezamento 4x100m e bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata no salto em distância no Mundial Doha 2015; ouro no salto em distância no Mundial Lyon 2013.
Guia-atleta em Tóquio: Renato Benhur Costa Oliveira
Sobre a Lorena: A paranaense perdeu a visão gradativamente, devido a um Glaucoma congênito desde os primeiros dias de vida. A família mudou-se para Goiânia em busca de tratamento, mas, aos 4 anos, Lorena já tinha 95% da visão comprometida. Dois anos mais tarde, ficou totalmente cega.

LUCAS PRADO

Nascimento: 27/05/1985, Poxoréu (MT)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro nos 100m no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no revezamento 4x100m e prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; ouro nos 100m e nos 200m no Mundial Lyon 2013; prata nos 100m e nos 400m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; ouro nos 100m, 200m e 400m no Mundial de Christchurch 2011; ouro nos 100m, 200m e 400m nos Jogos Paralímpicos Pequim 2008; ouro nos 100m, 200m e 400m nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007; prata nos 4x100m no Mundial de Assen 2006.
Guia-atleta em Tóquio: Anderson Machado dos Santos
Sobre o Lucas: O velocista perdeu a visão em 2002, após um descolamento de retina. Em 2004, jogou Futebol de 5 e, no ano seguinte, o Goalball, porém, se identificou mesmo com o atletismo, em 2006.

RAYANE SOARES DA SILVA

Nascimento: 20/01/1997, Caxias (MA)
Classe: T13
Principais conquistas: Ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial Dubai 2019 e prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Sobre a Rayane: Rayane nasceu cega em razão de uma microftalmia bilateral congênita. Entrou no paradesporto em 2015.

RICARDO COSTA DE OLIVEIRA

Nascimento: 14/06/1982, Três Lagoas (MS)
Classe: T11
Principais conquistas: Bronze no salto em distância no Mundial de Londres 2017; ouro no salto em distância nos Jogos Rio 2016.
Sobre o Ricardo: Aos 2 anos de idade, Ricardo começou a apresentar dificuldade para enxergar. Em 1996, descobriu que possuía a Doença de Stargardt, que já estava em estágio avançado, deixando-o cego. Iniciou no esporte com corridas de rua e depois passou para as provas de pista do Atletismo. O atleta competiu pela primeira vez internacionalmente em 2015, no Mundial de Doha, no Catar.

SILVÂNIA COSTA DE OLIVEIRA

Nascimento: 23/05/1987, Três Lagoas (MS)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020; ouro no salto em distância nos Jogos Rio 2016; ouro no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; ouro no salto em distância no Mundial de Doha 2015.
Guia-atleta em Tóquio: Vinicius Martins Amador
Sobre a Silvânia: Desde criança, Silvânia tem a Doença de Stargardt, por isso, sua visão regride paulatinamente. Seu encontro com o paradesporto ocorreu aos 18 anos de idade, como uma ferramenta de inserção social.

THALITA VITORIA SIMPLÍCIO DA SILVA

Nascimento: 20/08/1997, Natal (RN)
Classe: T11
Principais conquistas: Prata nos 400m rasos nas Paralimpíadas Tóquio 2020; ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial Dubai 2019; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze nos 400m no Mundial Doha 2015; prata no salto, nos 200m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
Guia-atleta em Tóquio: Felipe Veloso da Silva
Sobre a Thalita: Thalita nasceu com Glaucoma. De uma criança com baixa visão, na adolescência tornou-se cega. Ela sempre praticou esportes, como Natação, Karatê e Goalball. Aos 15 anos de idade, começou no Atletismo através de um projeto do CPB.

VIVIANE FERREIRA SOARES

Nascimento: 14/05/1996, Duque de Caxias (RJ)
Classe: T12
Principais conquistas: Bronze nos 100m no Mundial Dubai 2019; prata nos 100m e no revezamento 4x100m e bronze nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011; ouro nos 100m, 200m, 400m e salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2009 em Bogotá.
Guia-atleta em Tóquio: Newton Vieira de Almeida Junior
Sobre a Viviane: Viviane nasceu com Glaucoma hereditário. Em 2006, ela teve seu primeiro contato com o Atletismo, por meio de amigos que praticavam a modalidade. 

YELTSIN FRANCISCO ORTEGA JACQUES

Nascimento: 21/09/1991, Campo Grande (MS)
Classe: T11
Principais conquistas: Ouro nos 5000m rasos e nos 1500m rasos nas Paralimpíadas de Tóquio 2020; ouro nos 1.500m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; ouro nos 1.500m e nos 5.000m dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; prata nos 1.500m e bronze nos 800m no Mundial de 2013 na França.
Sobre o Yeltsin: Yeltsin nasceu com baixa visão. Conheceu o Atletismo ajudando um amigo cego a correr. Então, começou a treinar junto com ele para competir e iniciou sua carreira nas Paralimpíadas Escolares em 2007.

FUTEBOL DE 5

O futebol de 5 é uma modalidade exclusiva para atletas cegos ou com baixa visão. Contudo, o goleiro não possui deficiência, tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.

A classificação para os atletas com deficiência visual é dividida em três classes: B1 – atletas cegos ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância; B2 – atletas com percepção de vultos; e, B3 – atletas que conseguem definir imagens.

CÁSSIO LOPES DOS REIS

Nascimento: 15/05/1989, Ituberá (BA)
Classe: B1
Posição: Fixo/Ala defensivo
Principais conquistas: Tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016 e Londres 2012) e tricampeão Mundial (Madri 2018, Japão 2014 e Inglaterra 2010).
Sobre o Cássio: Aos 14 anos de idade, Cássio ficou cego como sequela de um deslocamento de retina seguido de Catarata. Na infância, já havia praticado esporte e aos 20 anos começou no Futebol de 5.

DAMIÃO ROBSON DE SOUZA RAMOS

Nascimento: 28/12/1974, Campina Grande (PB)
Classe: B1
Posição: fixo
Principais conquistas: tricampeão da Copa América (São Paulo 2019, Santa Fé 2013, Buenos Aires 2009); tricampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016, Pequim 2008 e Atenas 2004); tricampeão mundial (Madri 2018, Tóquio 2014, Hereford 2010); tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007).
Sobre Damião: Aos 16 anos de idade, sofreu um acidente com arma de fogo, perdendo o sentido visual. Sempre jogou futebol e, aos 18, começou a praticar o Futebol de 5.

 GLEDSON DA PAIXÃO BARROS

Nascimento: 10/09/1990, Salvador (BA)
Classe: B1
Posição: Ala ofensivo/pivô
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Guadalajara 2011); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão Mundial (Madri 2018 e Japão 2014) e ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.
Sobre o Gledson: Devido a uma atrofia no nervo óptico, Gledson perdeu a visão aos 6 anos de idade. Assim, ingressou no Instituto de Cegos da Bahia (ICB) para se reabilitar e conheceu o Futebol de 5. Aos 16 anos foi convocado para a Seleção.

 JARDIEL VIEIRA SOARES

Nascimento: 26/07/1996, Pinheiro (MA)
Classe: B1
Posição: Ala
Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan- Americanos Lima 2019; ouro na Copa América 2019, em São Paulo.
Sobre o Jardiel: Em virtude da Toxoplasmose, Jardiel nasceu cego. Mediante um evento em São Luís (MA) para pessoas com deficiência visual, conheceu o Futebol de 5.

 JEFERSON DA CONCEIÇÃO GONÇALVES (JEFINHO)

Nascimento: 05/10/1989, Candeias (BA)
Classe: B1
Posição: Ala ofensivo
Principais conquistas: Eleito o melhor jogador do mundo em 2010. Tetracampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007); tricampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008) e tricampeão Mundial (Madri 2018, Japão 2014 e Inglaterra 2010).
Sobre o Jefinho: Aos 7 anos, um Glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador. Jeferson começou na Natação, passou pelo Atletismo, mas, aos 12 anos de idade, se encontrou no Futebol de 5.

RAIMUNDO NONATO ALVES MENDES (NONATO)

Nascimento: 19/08/1987, Orocó (PE)
Classe: B1
Posição: Ala ofensivo/pivô
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan- Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão dos Jo-gos Paralímpicos (Rio 2016 e Londres 2012) e bicampeão Mundial (Madri 2018 e Japão 2014).
Sobre o Nonato: Nonato nasceu com baixa visão devido a uma Retinose Pigmentar. Sempre gostou de jogar bola com os amigos e o Futebol de 5 entrou em sua vida aos 23 anos de idade.

RICARDO STEINMETZ ALVES (RICARDINHO)

Nascimento: 15/12/1988, Osório (RS)
Classe: B1
Posição: Ala ofensivo
Principais conquistas: Eleito o melhor jogador do mundo duas vezes: em 2006 e em 2014. Tetracampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; tricampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008) e tricampeão Mundial (Madri 2018, Japão 2014 e Inglaterra 2010).
Sobre o Ricardinho: Um descolamento de retina aos 6 anos comprometeu a visão de Ricardinho. Aos 10, começou a jogar Futebol de 5.

TIAGO DA SILVA

Nascimento: 28/09/1995, Pinhais (PR)
Classe: B1
Posição: Ala ofensivo
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; ouro no Mundial de Madri 2018; ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Sobre o Tiago: Tiago nasceu com alta miopia e, aos 2 anos de idade, sofreu um descolamento de retina no olho esquerdo. Aos 5 anos de idade, a retina do olho direito também descolou, deixando o atleta cego. Antes de chegar ao Futebol de 5, passou pela Natação, pelo Atletismo e pelo Goalball. Em 2009, entrou no Futebol de 5 e, quatro anos depois, foi convocado pela primeira vez para a Seleção.

GOALBALL

O Goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. Nesta modalidade, os atletas das classes B1, B2 e B3 competem juntos. Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Todos os atletas, independentemente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.

Goalball feminino

ANA CAROLINA DUARTE RUAS CUSTÓDIO

Nascimento: 23/04/1987, Rio de Janeiro (RJ)
Classe: B2
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeã nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); bronze no Mundial de Goalball Malmö 2018; prata dos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; prata no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo.
Sobre a Carol: Aos 11 anos, Carol teve um tumor cerebral. Em decorrência da doença, tornou-se uma pessoa com baixa visão. Praticou Natação, mas foi no Goalball que descobriu sua vocação esportiva.

ANA GABRIELY BRITO ASSUNÇÃO

Nascimento: 15/08/1990, Brasília (DF)
Classe: B3
Posição: Pivô
Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Mundial de Goalball Malmö 2018.
Sobre a Ana: Ana tem baixa visão devido ao albinismo. Morando no Rio de Janeiro, conheceu o Goalball na Educação Física no Instituto Benjamin Constant e, em 2014, começou a praticar a modalidade em alto rendimento. Primeira convocação para a Seleção foi em 2016.

JÉSSICA GOMES VITORINO

Nascimento: 22/07/1993, Brasília (DF)
Classe: B3
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeã nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); bronze no Mundial de Goalball Malmö 2018; prata no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo.
Sobre a Jéssica: Nasceu com baixa visão por causa de uma Catarata congênita hereditária. Aos 16 anos, viu uma apresentação do Goalball na escola e começou a praticar o esporte. 

KATIA APARECIDA FERREIRA SILVA

Nascimento: 24/04/1995, Unaí (MG)
Classe: B1
Posição: Ala
Sobre a Katia: Kátia tem Glaucoma congênito, todavia, só foi descobrir a doença após sofrer uma hemorragia, aos 13 anos, fruto da pressão ocular. Em 2015, mudou-se para Brasília, onde conheceu o Goalball. Em 2016, passou em uma peneira da Uniace e começou a se dedicar exclusivamente ao paradesporto. No fim de 2019, quando pensava em desistir, foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira. 

MONIZA APARECIDA DE LIMA

Nascimento: 16/04/1998, Recife (PE)
Classe: B2
Posição: pivô
Principais conquistas: Bronze no Campeonato Mundial (Malmo 2018); prata na Copa América 2017.
Sobre a Moniza: Nasceu com Glaucoma. Em 2013, conheceu o Goalball no ICB-BA, por indicação de um professor. Foi convocada pela primeira vez em 2017.

VICTÓRIA AMORIM DO NASCIMENTO

Nascimento: 29/11/1997, Itaguaí (RJ)
Classe: B1
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeã nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015).
Sobre a Victória: Aos 11 anos de idade, Victória ficou cega por causa de uma atrofia no nervo óptico. Aos 13 anos, começou a jogar, quando já estudava no Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.

Goalball masculino

ALEX DE MELO SOUSA

Nascimento: 10/12/1994, Rio de Janeiro (RJ)
Classe: B2
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); bicampeão mundial (Finlândia 2014 e Malmö 2018); ouro na Copa América de 2017 em São Paulo; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze no Mundial de jovens de Goalball 2013 nos Estados Unidos.
Sobre o Alex: Alex nasceu com estrabismo e alteração no nervo ótico. Em 2009, após ser informado por seus amigos que poderia fazer um teste de Goalball no Instituto Benjamin Constant, se apaixonou pelo esporte. Em 2013, recebeu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira.

EMERSON ERNESTO DA SILVA

Nascimento: 11/02/1999, Campina Grande (PB)
Classe: B3
Posição: Ala
Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata no Mundial de Jovens na Hungria em 2017.
Sobre o Emerson: Emerson possui Miopia, Nistagmo e Degeneração da Retina. O atleta conheceu a modalidade por meio do irmão que já praticava e se apaixonou ao frequentar um treino. Em 2016, foi convocado para a Seleção pela primeira vez. Compareceu ao Campeonato Internacional no Equador e aos Jogos Parapan-Americanos de Jovens em São Paulo.

JOSÉ ROBERTO FERREIRA DE OLIVEIRA

Nascimento: 02/04/1981, Lagoa Seca (PB)
Classe: B1
Posição: Pivô
Principais conquistas: Tricampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011); bicampeão mundial (Finlândia 2014 e Malmö 2018); bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos Jogos Paralímpicos Londres 2012.
Sobre o José: José nasceu com Retinose Pigmentar e conheceu o paradesporto no Instituto de Cegos da Paraíba. Foi convidado, aos 14 anos, pelo professor de Educação Física a conhecer o Goalball. Começou a praticar como atleta dois anos depois, aos 16 anos. Em 2011, foi convocado para a Seleção pela primeira vez.

JOSEMARCIO DA SILVA SOUSA (PARAZINHO)

Nascimento: 08/09/1995, Santa Maria do Pará (PA)
Classe: B3
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); ouro no Mundial de Goalball em Malmö 2018; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2013 na Argentina.
Sobre o Parazinho: O Parazinho nasceu com distrofia no nervo ótico. Josemarcio conheceu o Goalball através do irmão, também jogador, e a treinadora o convidou a experimentar o esporte, se tornando sua paixão. Foi convocado pela primeira vez para a Seleção em 2013.

LEOMON MORENO DA SILVA

Nascimento: 21/08/1993, Brasília (DF)
Classe: B1
Posição: Ala
Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); bicampeão mundial (Malmö 2018 e Finlândia 2014); bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata nos Jogos Paralímpicos Londres 2012.
Sobre o Moreno: Leomon perdeu a visão quando ainda era um bebê, por conta de uma Retinose Pigmentar. O atleta conheceu a modalidade por intervenção dos irmãos, que já praticavam o esporte e possuem a mesma doença que ele. 

ROMÁRIO DIEGO MARQUES

Nascimento: 20/07/1989, Natal (RN)
Classe: B1
Posição: Ala
Principais conquistas: Tricampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011); bicampeão mundial (Malmö 2018 e Finlândia 2014) e bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Sobre o Romário: Aos 8 anos de idade, Romário ficou cego em consequência de uma Retinose Pigmentar. Em 2005, o atleta conheceu o esporte e, no ano seguinte, foi convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez.

JUDÔ

A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias de acordo com o peso corporal. Nos Jogos Paralímpicos, atletas de diferentes classes podem competir juntos.

A classificação para os atletas com deficiência visual é dividida em três classes: B1 – atletas cegos ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância; B2 – atletas com percepção de vultos; e, B3 – atletas que conseguem definir imagens.

ALANA MARTINS MALDONADO

Nascimento: 27/07/1995, Tupã (SP)
Peso: 69kg
Categoria: Até 70kg
Classe: B3
Principais conquistas: Líder do ranking mundial em sua categoria; ouro nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; ouro no Campeonato Mundial 2018 em Portugal; prata na Copa do Mundo 2018 na Turquia; ouro na Copa do Mundo 2019 e 2017 no Uzbequistão; prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze nos Jogos Mundiais da IBSA 2015 na Coreia do Sul; prata nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
Sobre a Alana: Aos 14 anos de idade, foi diagnosticada com a Doença de Stargardt. Já praticava Judô desde os 4 anos, mas, somente, em 2014, quando entrou para a faculdade, começou no Judô paralímpico.

ANTÔNIO TENÓRIO DA SILVA

Nascimento: 24/10/1970, São José do Rio Preto (SP)
Peso: 90kg
Categoria: até 100kg
Classe: B1
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no Campeonato das Américas 2018, no Canadá, e em São Paulo 2017; prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; bronze nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; ouro nos Jogos Paralímpicos Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011; ouro nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007.
Sobre o Tenório: Aos 13 anos, Tenório brincava com amigos quando seu olho esquerdo foi atingido por uma semente de mamona, o que causou um descolamento de retina e o deixou cego deste olho. Seis anos mais tarde, uma infecção no olho direito o deixou cego. Tenório já praticava Judô desde os 8 anos de idade, então, migrou para o Judô paralímpico. O responsável pela primeira medalha de ouro brasileira foi o multicampeão Antônio Tenório, em Atlanta 1996. No total, o Judô já rendeu ao Brasil, cinco medalhas de ouro, quatro foram conquistadas por Tenório. 

ARTHUR CAVALCANTE DA SILVA

Nascimento: 11/03/1992, Natal (RN)
Peso: 90kg
Categoria: Até 90kg
Classe: B1
Principais conquistas: Prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro no Campeonato das Américas 2018 no Canadá e no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.
Sobre o Arthur: Aos 2 anos de idade, Arthur adquiriu baixa visão devido à Retinose Pigmentar. Aos 18, ficou cego. Antes disso, na pré-adolescência, quando não conseguia mais jogar futebol ou andar de bicicleta por causa da cegueira, começou a treinar Judô. Gostou da modalidade e passou a se dedicar somente a ela.

HARLLEY DAMIÃO PEREIRA DE ARRUDA

Nascimento: 05/07/1979, Belo Horizonte (MG)
Peso: 81kg
Categoria: Até 81kg
Classe: B1
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011; bronze no Campeonato das Américas em 2018 no Canadá; ouro no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo.
Sobre o Harlley: Em razão de um acidente com arma de fogo, aos 20 anos de idade, Harlley ficou cegos dos dois olhos. Três anos após o ocorrido, foi convidado por Antônio Tenório para praticar Judô.

KARLA FERREIRA CARDOSO

Nascimento: 18/11/1981, Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 48kg
Categoria: Até 52kg
Classe: B3
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Campeonato Mundial 2014; ouro nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011 e Rio 2007; prata nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 e Atenas 2004.
Sobre a Karla: Karla nasceu com baixa visão, porém, só descobriu aos 3 anos de idade, quando começou a frequentar a escola. Aos 12 anos, por influência do irmão mais velho, começou a praticar Judô.

LÚCIA DA SILVA TEIXEIRA ARAÚJO

Nascimento: 17/06/1981, São Paulo (SP)
Peso: 57kg
Categoria: Até 57kg
Classe: B3
Principais conquistas: Bronze nas Paralimpíadas Tóquio 2020; ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze na Copa do Mundo IBSA 2018 na Turquia; prata na Copa do Mundo IBSA 2018 no Cazaquistão; ouro no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; prata na Copa do Mundo IBSA 2017 no Uzbequistão; prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Londres 2012; bronze no Campeonato Mundial 2014 nos Estados Unidos.
Sobre a Lúcia: Lúcia nasceu com baixa visão por motivo de Toxoplasmose congênita. Aos 15 anos de idade, atleta começou a praticar Judô, por intermédio dos irmãos. Contudo, somente em 2006, aos 25 anos, conheceu a modalidade paralímpica.

MEG RODRIGUES VITORINO EMMERICH

Nascimento: 23/10/1986, São Paulo (SP)
Peso: 83kg
Categoria: Acima de 70kg
Classe: B3
Principais conquistas: Bronze nas Paralimpíadas Tóquio 2020; ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Campeonato Mundial 2018 em Portugal; prata no Campeonato das Américas 2018 no Canadá.
Sobre a Meg: Nasceu com atrofia no nervo óptico e iniciou no Judô, em 2002, aos 15 anos de idade.

THIEGO MARQUES DA SILVA

Nascimento: 02/01/1999, Parauapebas (PA)
Peso: 57kg
Categoria: Até 60kg
Classe: B3
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Campeonato das Américas 2018 no Canadá; bronze no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; prata no Mundial de Jovens 2013 nos Estados Unidos; ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017 em São Paulo.
Sobre o Thiego:  Devido ao albinismo, Thiego tem baixa visão. Ele começou a praticar Judô em 2011, aos 12 anos de idade. 

WILIANS SILVA DE ARAÚJO

Nascimento: 18/10/1991, Riachão do Poço (PB)
Categoria: acima de 100kg
Classe: B1

Principais conquistas: Ouro no Campeonato das Américas de 2020 no Canadá; prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e Guadalajara 2011; prata na Copa do Mundo IBSA 2018 no Cazaquistão; bronze na Copa do Mundo IBSA 2018 no Uzbequistão; bronze nos Jogos Mundiais da IBSA 2015 na Coreia do Sul; bronze no Campeonato Mundial 2014 nos EUA.

Sobre o Willians: Aos 10 anos de idade, Willians perdeu o sentido visual em um acidente com tiro de espingarda. Não se adaptando à Natação e ao Futebol de 5, começou a praticar Judô em 2009.

NATAÇÃO

Na natação, são disputadas provas de nado crawl, costas, peito, borboleta e medley (prova com os quatro estilos) por atletas com deficiência física, visual e intelectual.

Os atletas com deficiência visual são submetidos a exames oftalmológicos para verificação da acuidade visual e assim encaixá-los em uma das três classes disponíveis: S11 para atletas cegos, e classe S12 e S13 para atletas com baixa visão.

DOUGLAS MATERA

Nascimento: 08/05/1993, Rio de Janeiro (RJ)
Classe: S13
Principais conquistas: Prata na prova de revezamento 4x100m misto nas Paralimpíadas Tóquio 2020; prata nos 200m medley nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Sobre o Douglas: Douglas nasceu com Retinose Pigmentar. Foi atleta de natação olímpica desde jovem e parou em 2009. Em 2017, depois de o irmão Thomaz Matera ter participado dos Jogos do Rio 2016, foi incentivado a ingressar na natação paralímpica. 

LUCILENE DA SILVA SOUSA

Nascimento: 05/04/2000, São Miguel do Guamã (PA)
Classe: S12
Principais conquistas: Prata na prova de revezamento misto 4×100 nas Paralimpíadas Tóquio 2020; prata nos 50m livre, 100m livre e 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Sobre a Lucilene: Lucilene nasceu com atrofia no nervo ótico, o que resultou em baixa visão. Antes de ser nadadora, jogou Goalball, por influência do irmão mais velho, Josermarcio, e conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens SP 2017. Depois disso, decidiu migrar para a Natação paralímpica.

MARIA CAROLINA SANTIAGO

Nascimento: 02/08/1985, Recife (PE)
Classe: S12
Principais conquistas: Ouro (50m e 100m livre, e 100m peito), prata no revezamento 4×100 e bronze nos 100m costas nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020; ouro nos 50m e 100m livre e prata nos 100m costas e no revezamento 4x100m livre 49 pontos no Mundial de Londres 2019; ouro nos 50m livre, nos 100m livre, nos 100m costas e nos 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Sobre a Carol: Carol nasceu com Síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico. Na seletiva brasileira de natação, em junho, Carol bateu o recorde mundial dos 50m livre.

MATHEUS RHEINE CORREA DE SOUZA

Nascimento: 10/12/1992, Brusque (SC)
Classe: S11
Principais conquistas: Ouro nos 400m livre, prata nos 50m livre e nos 100m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 400m livre nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 50m e 100m livre nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m e nos 400m livre no Mundial de Glasgow 2015; prata nos 400m livre e bronze nos 100m livre no Mundial de Montreal 2013; prata nos 50m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011.
Sobre o Matheus: Matheus nasceu prematuro, com 6 meses e meio. Na incubadora, a falta de oxigenação causou uma alteração na retina, conhecida como Retinopatia da Prematuridade. A família tentou algumas cirurgias, mas não obteve resultado. Em 2009, foi chamado a primeira competição internacional de jovens, nos Estados Unidos.

WENDELL BELARMINO PEREIRA

Nascimento: 20/05/1998, Brasília (DF)
Classe: S11
Principais conquistas: Ouro nos 50m livre e prata na prova de revezamento 4x100m misto nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020; ouro nos 50m livre, prata nos 100m livre e no revezamento 4x100m livre 49 pontos no Mundial de Londres 2019; ouro nos 50m livre, nos 100m livre, nos 100m borboleta, nos 200m medley, nos 400m livre e prata nos 100m peito e nos 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Sobre Wendell: Wendell foi diagnosticado com Glaucoma congênito. Mesmo se submetendo a dez transplantes de córneas, a perda da visão segue sendo gradativa, o que interfere na sua classificação paralímpica. Em 2019, ele foi reclassificado de S12 para a S11, pois já estava apenas com 3% de resíduo visual. Na infância chegou a praticar Hipismo adaptado, mas foi na Natação que se encontrou. Participou das Paralimpíadas Escolares em 2013 e 2015 e fez parte da seleção de jovens.