Por Mel Colonna

Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o skate foi um dos principais astros, em especial o skate brasileiro que foi representado fortemente por muitos atletas, dentre eles Rayssa Leal que mexeu com o coração de todos os brasileiros e inspirou muitas meninas brasileiras a começarem no esporte.

Com toda essa repercussão, alguns questionamentos de paratletas foram levantados, em destaque o vídeo do paraskatista Vinicios Sardi, questionando o motivo do esporte não ter sido incluído nas paralimpíadas de Tóquio, até porque o paraskate e os paratletas já têm um tamanho e um profissionalismo tão bom quanto o skate para pessoas sem deficiência. A única diferença é que muitas delegações ainda não investem tanto quanto.

Conversamos com o Mateus Moreira, paratleta de skate do Distrito Federal, perguntando qual era o sentimento e o entendimento dele de ainda não terem incluído o paraskate nos jogos paralímpicos:

“Bom, eu queria muito que tivesse! Mas pelo que eu entendo, os continentes precisam ter, pelo menos, 1 representante. Por partes, entendo. Porque não são todos os lugares do mundo que têm um skatista com deficiência com um ranking. A maioria é do Brasil e dos Estados Unidos. Mas podiam “passar um pano” pra esse critério (risos) e liberarem pra fazermos história!”

Mateus também ressalta que se o paraskate fosse incluído possivelmente motivaria outras nações a investirem na modalidade.

 

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É muito visível a vontade dos paratletas de skate de terem oportunidade de participar das Paralimpíadas, um evento tão importante, mas ainda vemos diversos obstáculos de estrutura, investimento e visibilidade.

Contudo, seguimos do lado de cá torcendo para o paraskate ser incluído, porque sim, poderíamos voltar com muitas medalhas!

Texto produzido em cobertura colaborativa para a NINJA Esporte Clube

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