Foto: REUTERS/ Mike Blake

Por Ketlen Gomes

Na madrugada da última quarta-feira (4) o Brasil parou para assistir a estreia do Skate Park nas Olimpíadas, mas uma atleta em particular chamou a atenção da torcida brasileira: Sky Brown, a representante da Grã-Bretanha.

Filha de pai britânico e mãe japonesa, a medalhista de bronze nasceu em Mizayki, no Japão, mas optou pelo país do pai para representar na Olimpíada, para fugir da pressão por resultados. Desde pequena, Sky vem encantando a todos por onde passa. A skatista também já participou e venceu o “Dancing With The Stars: Juniors”, uma espécie de “Dança dos Famosos” americana para crianças, em 2018, quando tinha 10 anos de idade. Mas ela não para por aí … a atleta ainda surfa com o irmão Ocean, de 9 anos, e já esteve no Brasil.

Em 2019, a skatista participou do STU Open, em São Paulo, e saiu com o terceiro lugar no pódio, ganhando um prêmio de US$ 6 mil, cerca de R$ 25 mil. Ela doou o dinheiro para o projeto social Coletivo Skate Maré, que conheceu quando esteve no Rio de Janeiro, se preparando para o torneio na capital paulista. Sky treinou na pista do coletivo, e se apaixonou pelo projeto, e a amizade que fez com os moradores e atletas cariocas, foi o motivo da doação. “Eu sou igualzinha a eles, mas só nascemos em lugares diferentes”, contou ao GloboEsporte na época.

No entanto, a trajetória para as Olimpíadas teve uma triste e grave surpresa. Em maio de 2020, Sky esteve na casa do grande skatista Tony Hawk, e ao tentar uma manobra com o skate, sofreu uma queda, fraturando o crânio, o braço esquerdo e os dedos da mão direita. Além da saúde, os pais de Brown ficaram preocupados com o futuro da atleta no esporte, mas ela seguiu em frente. Stu e Mieko, pai e mãe de Sky, também se preocuparam com a viagem ao Japão em meio à pandemia, mas a pequena também os convenceu disso.

Passando por todos os obstáculos, com um sorriso cativante no rosto, Sky Brown não apenas se tornou a mais jovem atleta britânica a ganhar uma medalha em uma Olimpíada, mas também ganhou o coração de todos os brasileiros amantes do skate. Seguimos torcendo por Sky, que venha Paris 2024.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Renata Souza

Abril Verde: mês dedicado a luta contra o racismo religioso

Jorgetânia Ferreira

Carta a Mani – sobre Davi, amor e patriarcado

Moara Saboia

Na defesa das estatais: A Luta pela Soberania Popular em Minas Gerais

Dríade Aguiar

'Rivais' mostra que tênis a três é bom

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

André Menezes

“O que me move são as utopias”, diz a multiartista Elisa Lucinda

Ivana Bentes

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos