Jordan Windle: atleta olímpico natural do Camboja atribui sucesso ao pai adotivo
Disputando a semifinal nesta sexta-feira (6), uma das promessas dos EUA no salto ornamental, Jordan Windle talvez não tivesse chegado tão longe se não fosse pelo pai, Jerry, um americano solteiro e gay que decidiu adotá-lo em um orfanato no Camboja.
Por Monique Vasconcelos
Disputando a semifinal nesta sexta-feira (6), uma das promessas dos Estados Unidos no salto ornamental, Jordan Windle talvez não tivesse chegado tão longe se não fosse pelo pai, Jerry, um americano solteiro e gay que decidiu adotá-lo em um orfanato no Camboja quando o menino tinha um 1 ano. Windle concedeu uma entrevista à revista “Today” comentando que dedicou toda sua carreira para fazer seu pai adotivo o mais orgulhoso o possível.
“A todo mundo que me pergunta a razão pela qual eu mergulho, digo que é puramente para meu pai e o quanto ele ama me assistir. Se ele não tivesse feito todos os sacrifícios que fez, com todo seu amor e apoio todo este tempo em que estivemos juntos, eu realmente não estaria aqui hoje. Tenho que agradecer a ele por tudo, todas as minhas realizações. Tem sinto uma jornada incrível com ele”, se declarou ao pai.
Jerry sempre teve o sonho de ser pai, mas no início dos anos de 1990 havia muito preconceito e isso parecia impossível. Ao folhear uma revista, ele encontrou uma matéria sobre um jovem que foi adotado por um homem solteiro no Camboja e viu essa oportunidade. Após viajar ao país asiático, Jerry deu início aos trâmites para a adoção e alguns meses depois veio o menino Jordan, que estava desnutrido e com uma infecção grave, mas acabou se recuperando sob os cuidados do pai.
Jordan disse que ele consegue distinguir a voz do pai comemorando em eventos que ele está competindo. Mas, infelizmente, Jerry não pôde ir a Tóquio torcer pelo filho devido às restrições contra a Covid-19.
“Não o ter nas Olimpíadas será diferente. Queria que ele estivesse, mas isso realmente não muda meu objetivo: me divertir, mostrar o que sei fazer e dar um show para todos. Espero deixá-lo orgulhoso”, finaliza.
Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube