Dos bastidores das olimpíadas: a arbitragem
Por trás das câmeras, confira o depoimento de quem atua na arbitragem dos Jogos Olímpicos
Trabalhar nos bastidores de uma Olimpíadas é marco na vida de quem é fã de esportes. Essa atuação pode acontecer de várias maneiras: como voluntário(a), como contratado(a), como árbitro(a) e como estagiário(a). No Rio 2016, os(as) brasileiros(as) puderam ter essa experiência.
Desta forma surgiu a possibilidade de participação do Gustavo Neves Abade, que é treinador e empresário, além de ser árbitro de triathlon. Por já ter atuado como árbitro em nível estadual e nacional, recebeu um convite mais que especial…
“Em 2016 eu acabei me inscrevendo e atuando na equipe de produção do triathlon do Comitê Rio 2016, onde tive oportunidade de contribuir diretamente na produção do Evento Teste em 2015 e nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”, disse. “Posso dizer que essa foi a experiência social e profissional mais intensa que vivi até hoje, e poder fazer parte da equipe que entregou um dos eventos mais marcantes de todos os tempos dos Triathlon e depois realizar pela primeira vez na história o Paratriathlon nos Jogos Paralímpicos, foi uma honra que vou carregar pra sempre na memória e no currículo”.
Depois desta experiência, Gustavo passou a se destacar internacionalmente como árbitro, atuando em eventos internacionais. Essa competência lhe rendeu um novo convite para ir aos jogos, mas desta vez como árbitro.
“Os jogos olímpicos, para mim, trata-se de uma daquelas raras oportunidades na vida de uma pessoa, onde podemos dizer que estamos vivendo um sonho. Gosto de tudo! Poder estar em um ambiente de cooperação internacional, com um objetivo comum, para mim, e poder dizer, que pude fazer parte disso tudo, é daquelas coisas que como pai tenho orgulho de compartilhar com meus filhos. Realmente é fantástico, quando pessoas de culturas e lugares diferentes se entregam juntos, para que outros possam brilhar e inspirar. Para mim isso é um exemplo claro, que a humanidade realmente é boa, e que podemos, pelo menos, de 4 em 4 anos trabalharmos todos juntos e em harmonia”.
Ele ainda comenta como é o cenário brasileiro de atuação de árbitros de triathlon.
“O Brasil é enorme, e não podemos falar de maneira única ainda, no caso de São Paulo, existe uma oportunidade de atuação de eventos estaduais, nacionais e internacionais maior que nos outros estados, sendo assim existe um número bem grande de oficiais técnicos com oportunidades de atuação e aprendizado técnico bem grande. Essa não é uma realidade do país todo. Tenho a oportunidade de poder fazer parte da comissão de oficiais técnicos nacional, que junto com colegas do Brasil inteiro estamos trabalhando em uma formação e cadastro único nacional, com muita troca de conhecimento, para que em no futuro, tenhamos mais árbitros capacitados para a formação internacional, para não só atuar nos eventos em solo nacional e sobretudo, principalmente, aumentar nosso número de representações no cenário internacional”.