Chegou a caçula do time!
Giovana Queiroz tem tripla nacionalidade, mas escolheu jogar no futebol do Brasil
Por Carol Firmino para cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube
Atualmente defendendo o time do Barcelona, a atacante de recém-completados 18 anos é uma das apostas de Pia Sundhage para a seleção que está na disputa do ouro olímpico em Tóquio. Apesar de ter sido convocada como suplente, Giovana Queiroz passou a integrar o grupo oficial depois que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) aprovou o aumento das equipes da modalidade para até 22 atletas.
Em outubro de 2020, na primeira convocação de Gio para um período de treinamentos da seleção brasileira adulta em Portimão, Portugal, Sundhage já se entusiasmava em ver a jovem dividir o mesmo gramado que a rainha Marta: “É fantástico que na lista temos Marta e a Giovanna Queiroz. Temos uma jogadora famosa e com experiência e, do outro lado, provavelmente o futuro do time”, afirmou na coletiva do anúncio.
Agora, Giovana tem como companheira de time não só Marta, seis vezes melhor do mundo, mas também Formiga, a veterana que estava indo para sua terceira Olimpíada um ano após o nascimento da caçula do grupo. Em seu Instagram, veio a comemoração:
“Nunca imaginei que estaria jogando na seleção com ela”
Brasil, Estados Unidos e Espanha
Nascida em São Paulo, em 2003, ela deixou o Brasil ainda menina, quando tinha quatro anos, e foi morar nos Estados Unidos com a família. Depois, em 2014, mais uma mudança: dessa vez para a Espanha. A movimentação faz parte da vida de Gio, já que seus pais, André Luiz Costa e Viviany Queiroz Costa, trabalham no setor de comércio exterior, que envolve uma vida um tanto fora da rotina.
Em terras norte-americanas e espanholas, Gio se dedicou ao futebol. Não à toa, foi convocada duas vezes para a equipe sub-17 do Estados Unidos, em 2019 e, dois meses depois, o país europeu resolveu chamá-la para atuar na mesma categoria. No ano seguinte, a jogadora também teve duas participações pelo sub-17 do Brasil, em jogos contra Áustria e Portugal, primeira vez em que teve a oportunidade de vestir a amarelinha. Para não perder tempo, já que a concorrência pela jovem seria ainda maior conforme ela avançasse de idade e demonstrasse seu talento com a bola, Pia resolveu abrir espaço para Giovanna no elenco principal da seleção brasileira.
Para o canal TNT Sports, a atleta revelou o sentimento de poder integrar a equipe: “É superimportante contar com a confiança da Pia. Desde a primeira vez, ela sempre me incentivou a ser eu dentro do campo. Eu acho que posso aprender bastante com ela, tanto tecnicamente, como taticamente”, disse.
Apoio da família
“Futeboleiro nato”, é assim que o pai de Giovana definiu a si mesmo em entrevista ao site do Globo Esporte. André conta que sempre gostou de acompanhar os passos da filha e ainda se surpreende como tudo aconteceu tão rápido, da paixão pelo futebol às convocações para seleções em mais de um país.
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A estreia profissional da jovem aconteceu em Madri, aos 15 anos, mas, em 2020, ela deixou o clube para assinar com o Barça. Em função de algumas lesões, Gio ficou um tempo sem atuar com regularidade no time A, mas o período foi importante para que ela pudesse se adaptar o estilo de jogo do time catalão. Na equipe, ela atua como atacante ou ponta, e foi campeã duas vezes: na Primera Iberdrola, o campeonato nacional, e na Liga dos Campeões da UEFA.
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Hoje, enquanto a garota mora com a mãe em Barcelona, o pai vive com o irmão da atleta em Madri. Por enquanto, o contrato vai até 2023, mas é impossível não dizer que o seu futuro será promissor – e que seja usando as nossas cores!