Aras protege gestão Pazuello no caso em que ministro cancelou compra de kit-entubação, hoje em falta no país
Os sinais de aparelhamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje comandada por Augusto Aras, ao governo Bolsonaro ficam mais evidentes a cada dia.
Os sinais de aparelhamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje comandada por Augusto Aras, e de que o órgão age reiteradamente para proteger Bolsonaro e seu entorno ficam mais evidentes a cada dia.
Fato que corrobora esta impressão é a informação divulgada ontem pela colunista Mônica Bergamo de que a PGR enviou à Câmara dos Deputados um parecer de um procurador segundo o qual o Ministério da Saúde não agiu de má-fé ao cancelar parte da compra do chamado “kit intubação” em agosto do ano passado e, portanto, não pode ser responsabilizado.
Atualmente, o país enfrenta uma crise de desabastecimento de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares. Então quer dizer que Pazuello, e consequentemente Bolsonaro, vão sair livre de mais essa?
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) confirmou para a Mídia NINJA que vai recorrer do parecer. “A PGR reconhece a incompetência do governo, mas diz não haver dolo. Falso! A sabotagem ao combate à pandemia virou política de governo. Sabem das consequências. Vamos recorrer da decisão. Basta de genocídio!”, disse.
Vale lembrar: o Ministério da Saúde comandado pelo general da ativa, Eduardo Pazuello, cancelou a compra de 13 medicamentos supostamente por causa de “preços acima das estimativas de mercado”, segundo relatório do Conselho Nacional de Saúde.
“A PGR lamentavelmente arquivou nossa representação contra Pazuello. Continuam blindando Bolsonaro”, criticou Valente.