NINJA promove lançamento do livro “Cultura e Participação”
Rede de ativismo é convidada para comentar as realidades da Cultura e debate sobre a realidade da mobilização cultural em tempos de Covid.
Na última sexta feira (02/04) aconteceu o lançamento do livro “Cultura e Participação”, onde Gustavo Vidigal (ex-coordenador do Plano Nacional de Cultura (PNC) e Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) no Ministério da Cultura no Governo Lula) conversou com Dríade Aguiar, da Mídia NINJA. Além de participar do lançamento, também impulsionamos o lançamento ao realizar uma transmissão ao vivo em nosso canal para debater o assunto.
Esta é a terceira etapa do projeto – que começou com um ciclo de debates em 2019, onde convidados diferentes debateram algumas frentes de atuação cultural no SESC São Paulo. Dríade representou a rede de ativismo e cultura, conversando com os convidados sobre a faceta dentro da mobilização, uma ferramenta de participação, que deveria ser uma preocupação ativa dos órgãos públicos.
Num segundo momento os convidados foram convocados a estender a provocação para um artigo, que então foi publicado em forma de livro. Na publicação, Dríade assina coletiva como Mídia NINJA e Fora do Eixo com o texto “Porque se faz políticas públicas sem ouvir quem as vive?”. “Se é o povo que faz cultura, se é de nós, da nossa vivência no dia a dia que criamos identidade e suas expressões, como e por que o povo deveria pedir para participar dela? Sem o povo, sem nós, a cultura não existe”, questiona ela.
Ao todo são doze textos, de convidados como Alice Riff (diretora, roteirista e produtora), Sérgio Mamberti (ator e ex-Presidente da FUNARTE), Isaura Botelho (escritora e uma das consultoras do MinC) e Rodrigo Savazoni (Jornalista, escritor, pesquisador e produtor cultural). Todos fizeram parte do ciclo de debates há dois anos. Agora, Gustavo voltou a convidar os provocadores para discutir o livro publicado e avaliar possíveis mudanças agora no contexto pandêmico.
“A gente precisa debater o lugar do estado no desenvolvimento das políticas púlblicas. A gente viveu, não só nos governos Lula e Dilma, até antes, no Fernando Henrique e Sarney, o começo da entrada pra valer do estado no campo da política cultural. Como qualquer política pública, precisa de maturação, a gente vai ajustando a atuação (…), o que a gente viu recentmente é o oposto disso. Vimos o rebaixamento do ministério e isso tem um impacto muito grande, acaba deslegistimando todo o campo cultural”, elaborou Gustavo entre uma provocação e outra.