“Sabemos que a eleição não se faz só no voto, a democracia é um processo contínuo e cotidiano, que necessita da participação das pessoas para funcionar e nós, precisamos mais do que nunca, lutar por essa democracia que está correndo grave risco e a eleição é uma forma efetiva de fazer isso.”. – Karol Cerqueira é negra, advogada, ativista LGBTQIAP+, defensora dos direitos humanos e está candidata a vereadora em Petrópolis.

Sua história é marcadas por grandes desafios desde o seu primeiro momento de vida, filha de uma mulher negra, da periferia, Karol narra como nasceu não para comover as pessoas, mas para mostrar que a resistência, a força e a solidariedade sempre fizeram parte da sua caminhada desde o nascimento até hoje: “ela (mãe) vai até Duque de Caxias saber sobre um terreno, opta por não usar a passarela porque já estava grávida de oito meses, com as pernas doendo e com o peso do corpo, ela vai pela estrada e é atropelada por dois carros e os carros dilaceram a barriga dela e eu sou expelida no asfalto e conto com a solidariedade das pessoas que estavam passando no momento.”. A vida não poupou apresentar dificuldades no decorrer da sua vida enquanto mulher, negra, da periferia, mas todos esses acontecimentos não foram suficientes para desestimular sua luta por mais dignidade e esperança para todos. Como disse Marielle Franco: “As rosas da resistência nascem do asfalto.”.

“Meu nascimento se coloca nesse momento de resistência, a vitória sobre a violência, é uma questão de sobreviver a qualquer custo numa situação colocada para você no primeiro sopro de vida.”

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Karol Cerqueira 40777 (@karolvcerqueira_40777) em


Enquanto defensora dos direitos humanos, raciais e de gênero Karol acredita que para as mulheres, pretas e periféricas a política não é apenas uma escolha, mas uma condição para  vivermos num mundo com dignidade e assim pretende fazer do mandato um instrumento de aproximação entre a sociedade e as decisões importantes que são definidas e discutidas na Câmara de Vereadores. Suas propostas giram em torno principalmente da educação, como por exemplo, a garantia de uma educação integral para todos em todo o município, a fiscalização do ensino da historia afro-brasileira e indígena nas escolas públicas e particulares da cidade, a luta pela universalização de vagas em creches para crianças de 0 a 3 anos. Mas para além dessa luta, entende também a necessidade de fazer uma política de forma diferente, descentralizada, participativa e que garanta a defesa dos interesses da classe trabalhadora, pautando uma educação pública de qualidade, direito a moradia e trazendo o protagonismo que o povo negro precisa nesse momento histórico que o Brasil vive para resistir e existir.

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Renata Souza

Abril Verde: mês dedicado a luta contra o racismo religioso

Jorgetânia Ferreira

Carta a Mani – sobre Davi, amor e patriarcado

Moara Saboia

Na defesa das estatais: A Luta pela Soberania Popular em Minas Gerais

Dríade Aguiar

'Rivais' mostra que tênis a três é bom

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

André Menezes

“O que me move são as utopias”, diz a multiartista Elisa Lucinda

Ivana Bentes

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos