Atuação de Bolsonaro frente à pandemia é criticada por relator da ONU
O governo brasileiro é alvo de críticas em um informe oficial que será apresentado na segunda quinzena do mês à comunidade internacional pela ONU. O documento preparado pelo relator da ONU, Baskut Tuncak, será submetido aos demais governos no Conselho de Direitos Humanos e mostra que alguns estados podem ter cometido violações de obrigações legais […]
O governo brasileiro é alvo de críticas em um informe oficial que será apresentado na segunda quinzena do mês à comunidade internacional pela ONU.
O documento preparado pelo relator da ONU, Baskut Tuncak, será submetido aos demais governos no Conselho de Direitos Humanos e mostra que alguns estados podem ter cometido violações de obrigações legais em direitos humanos durante a pandemia.
Um dos pontos que foram destacados foi a falta de precauções adotadas pelo governo e o comportamento negacionista em relação a seriedade da Covid-19 e da pandemia.
O tratamento dado aos indígenas também foi relatado, onde o governo demonstra falta de preocupação com populações que estão mais vulnerabilizadas e não conseguem por muitas vezes fazer o auto-isolamento, já que são frequentemente invadidas por grileiros e garimpeiros.
“Em vez de seguir os conselhos científicos para adotar medidas mais rigorosas de teste e contenção, certos líderes do governo apresentaram argumentos desonestos em apoio a suas abordagens, particularmente a justificação econômica de não impor um confinamento, sacrificando efetivamente a vida de seus cidadãos, em particular comunidades de baixa renda e minorias, trabalhadores e pessoas idosas”…”Alguns líderes políticos chegaram ao ponto de tratar o vírus como uma “gripezinha”, diz o documento.
Por uma questão protocolar, os relatórios não podem citar nomes dos governantes mas é fácil de identificar a quem se refere nesse ponto.
O relator diz ainda que uma crise social e econômica não seria inevitável mas que esforços poderiam ter sido antecipados para evitar a exposição ao novo coronavírus e diminuir os impactos na população, como impor medidas de circulação, testes, isolamento, evitando milhares de mortes e ajudando na recuperação dos estados e países.