Sem saúde pública universal, coronavírus revela fragilidade política dos EUA
Hoje o país registra mais de 10 mil casos e 150 mortes e uma ampla possibilidade de subnotificação, ou seja, casos não registrados de pacientes sem diagnósticos nem tratamento.
A chegada do covid-19 em terras norte-americanas deixaram evidente ao mundo um sistema de saúde frágil e uma política baseada em erros e má condução por parte do presidente Donald Trump. Hoje o país registra mais de 10 mil casos e 150 mortes e uma ampla possibilidade de subnotificação, ou seja, casos não registrados de pacientes sem diagnósticos nem tratamento.
Em reportagem do jornal El País, foram apontadas duas questões fundamentais que aceleraram a crise do coronavírus nos Estados Unidos: a ausência de uma política de saúde pública universal e a atitude negacionista, e por vezes ignorante, do presidente Donald Trump.
Com um sistema baseado em planos particulares pagos, o país criou uma cultura de afastamento de cidadãos dos serviços de saúde. Uma internação por 3 dias poderá custar cerca de US$ 30 mil. Se para quem precisa, por emergência, acessar os serviços já é difícil bancar, imagine para quem está aparentemente “bem de saúde”.
Quando o coronavírus chegou aos EUA, já se instalava a prática da autoconsulta e automedicação. 29 milhões de pessoas não têm seguro médico no país. O teste do covid-19 foi oferecido de forma gratuita a quem tiver prescrição médica pelo Centro para o Controle e Prevenção de Doenças. Algumas seguradoras até ofereceram o serviço gratuito, mas as informações que circularam na mídia era que para muitos norte-americanos que fizeram consulta e teste, as faturas já começavam a chegar. Osmel Martinez Azcue contou no Miami Herald que chegou uma conta de U$ 3.270 dólares depois de ter diagnosticado uma gripe comum.
Com informações do El País