A Justiça mandou o governador João Doria (PSDB) e o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) pagarem a todos os alunos da rede pública estadual e municipal valores equivalentes aos da alimentação escolar. Ambas as esferas lançaram programas para dar compensação financeira a alunos de escolas públicas em situação de vulnerabilidade, mas limitaram o pagamento a estudantes de famílias inscritas em cadastros assistência social.

A Defensoria Pública e o Ministério Público fizeram o pedido na mesma semana em que estudantes de famílias pobres tiveram mudança radical na dieta, de acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo. Acostumados com refeições balanceadas diariamente, viraram um peso econômico para famílias sem reserva alguma, que algumas vezes fazem refeições que se resumem a arroz puro.

As escolas estão paralisadas desde o dia 23. Desde o fim da semana passada, começou o processo de pagamento na prefeitura; no estado, o início foi nesta semana. A gestão municipal atenderá 273 mil alunos, com pagamentos entre R$ 55 e R$ 101, e o governo estadual, 733 mil, com R$ 55.

Com a ação sendo cumprida, em vez de cerca de 1 milhão de alunos no estado e capital, podem ser beneficiados 4,5 milhões. No Estado, há 3,5 milhões de estudantes e a rede municipal tem 1 milhão.