USP paralisada por um reajuste digno, por permanência e contratações
Funcionários, estudantes e professores se reuniram em ato ontem na frente da Reitoria da USP onde ocorria a reunião extraordinário do Conselho Universitário.
Funcionários, estudantes e professores se reuniram em ato na tarde de ontem, 29, na frente da Reitoria da USP onde ocorria a reunião extraordinário do CO (Conselho Universitário), que tenderia a aprovar a proposta da Reitoria de 1,5% de reajusto salarial, em contraponto aos 12,5% reivindicados pelos funcionários e professores. A manifestação posicionava-se contra o arrocho salarial e contra a precarização da Universidade, reivindicando bolsas de permanência e de pesquisa, reabertura da Creche Oeste e destinação de verbas para o HU. O ato foi convocado como ação para o impedimento da reunião do CO, entretanto os membros do Conselho se reuniram desde manhã. Os manifestantes permaneceram no local como forma de pressão a favor das pautas populares.
A Adusp (Associação dos Docentes) e os estudantes decidiram em assembleias durante a semana passada aderir à greve a partir de hoje. O Sintusp (Sindicato dos Funcionários) aderiu à paralisação e apresentou indicativo de greve a partir do dia 5 de junho.
Houve um pedido por parte dos funcionários e estudantes, ignorado pela reitoria, de que a reunião fosse adiada, frente a suspensão das aulas da graduação durante a semana e consequente desmobilização. Durante a reunião, a Comissão de Orçamento e a Reitoria apresentaram números duvidosos para o cálculo do reajuste salarial. Os estudantes e alguns professores e funcionários saíram simbolicamente da reunião por não acreditar ser um espaço representativo e legítimo para o encaminhamento das negociações.