Mulheres negras contra o racismo em Cannes
Assim como premiações e outros festivais, o evento francês já foi palco de várias manifestações, mas faltava uma.
16 mulheres negras ontem, 16, tomaram o tapete vermelho para denunciar o racismo na indústria cinematográfica.
Nomes como Marie Philomene Nga, Maimouna Gueye, Firmine Richard, Sonia Rolland e Aïssa Maïgase juntaram a outros protestos que vem acontecendo, como de Cate Blanchett que liderou 82 mulheres do #MeToo por igualdade salarial, e Manal Issa, atriz libanesa que disse “Parem o ataque a Gaza!”, denunciando as dezenas de mortes recentes.
Desafiando a chuva, o grupo fez críticas ao preconceito encontrado quando trabalharam com diretores e diretores de elenco, quando por exemplo disseram às mulheres negras que não poderiam desempenhar papéis como de médicas e advogadas. Outras ainda disseram que foram perguntadas se falavam “africano”.
No começo desse mês, as atrizes lançaram o livro “Ser preto não é minha profissão”, explanando o racismo na França. Um documentário do mesmo nome foi lançado em Cannes.
Olivier Rousteing, da Balmain, foi procurado para desenhar o vestido de todas as mulheres presentes e topou, dizendo que queria expressar seu apoio a causa.