Prédio ocupado por 90 famílias desaba em chamas no centro de SP
Na fumaça e nos escombros resta a esperança de que os desabrigados possam ser acolhidos rapidamente e que as buscas e investigações apurem as razões do incêndio e o número total de mortos e feridos.
Um prédio de 26 andares no centro da capital paulista, onde viviam 50 famílias, desabou em chamas por volta das 3 horas de hoje (1º), após ter sido atingido por um incêndio. O edifício, que ficava na Avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandú, era ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia chamado MLSM, Movimento Social de Luta por Moradia.
O prédio possuia 24 andares, e era ocupado por 90 famílias sem teto. O edifício não cumpria sua função social, e estava abandonado desde o ano de 2009.
Há a confirmação até o momento de uma morte. Não há informações oficiais sobre o número de desaparecidos. Um segundo prédio, próximo ao que desabou, também foi atingido pelo incêndio e as chamas foram controladas. O desabamento do prédio atingiu o teto e paredes da Igreja Evangélica Luterana de São Paulo.
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Acusações de invasão e de criminalização dos sem teto começaram a pipocar na grande imprensa e nas redes sociais, insufladas por autoridades públicas como o atual governador de São Paulo, Márcio França, que afirmou se tratar de uma “tragédia prevista” e que habitar ocupações é “procurar uma encrenca cada vez maior”.
França parece desconhecer a realidade das pessoas mais necessitadas, como observa Guilherme Boulos, coordenador do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ao se solidarizar com o MLSM, movimento responsável pelo prédio:
“Ninguém vai pra uma ocupação porque quer. As pessoas ocupam por completa falta de alternativa. Se há algum responsável por isso é o poder público que não assegurou moradia a essas pessoas”.
Na fumaça e nos escombros resta a espera de que os desabrigados possam ser acolhidos o mais rápido possível e que as buscas e investigações apurem as razões do incêndio e o número total de mortos e feridos.
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Com informações de Revista Fórum, Jornalistas Livres e MTST