Por Lilianna Bernartt

O Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema chega à sua 35ª edição entre os dias 20 e 26 de setembro de 2025, em Fortaleza, com sessões gratuitas no Cineteatro São Luiz.

Na Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, foram selecionados seis filmes inéditos no Brasil. Entre eles, dois brasileiros em estreia mundial: a ficção “Gravidade”, de Léo Tabosa, e o documentário “Do outro lado do pavilhão”, de Emília Silveira. Completam a seleção produções do Equador, Porto Rico e coproduções entre Cuba/Espanha e Uruguai/Argentina/Espanha, todas já exibidas ou premiadas em festivais como Veneza, Tribeca, IDFA e Guadalajara.

Já a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem recebeu 1.172 inscrições e selecionou dez títulos, sendo três deles cearenses.

Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem

  • “Gravidade” (Brasil, ficção, dir. Léo Tabosa) – Drama familiar ambientado às vésperas do fim do mundo.
  • “Do outro lado do pavilhão” (Brasil, doc., dir. Emília Silveira) – Duas mulheres em liberdade condicional compartilham experiências da prisão, entre traumas e coragem.
  • “Esta Isla” (Porto Rico, ficção, dir. Lorraine Jones e Cristian Carretero) – Vencedor de três prêmios em Tribeca, acompanha dois irmãos pescadores envolvidos em negócios ilegais.
  • “Um cabo solto” (Uruguai/Argentina/Espanha, ficção, dir. Daniel Hendler) – Cabo argentino fugitivo busca refúgio e recomeço no Uruguai.
  • “Ao oeste, em Zapata” (Cuba/Espanha, doc., dir. David Beltrán i Mari) – Premiado em Munique e Visions du Réel, retrata a sobrevivência de uma família em região pantanosa de Cuba durante a pandemia.
  • “Eco de Luz” (Equador, doc., dir. Misha Vallejo) – O diretor usa a câmera herdada do avô para recriar memórias e se reconectar à sua história familiar.

Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem

Entre os selecionados estão:

  • “Amores na pasajen” (CE, doc., dir. Daniele Ellery) – Relatos de mulheres do Brasil e da Guiné-Bissau sobre relações interculturais.
  • “Fogos de artifício” (CE, ficção, dir. Andreia Pires) – O réveillon como rito de passagem e reinvenção.
  • “Peixe morto” (CE, ficção, dir. João Fontenele) – Caminhoneiros recebem ajuda misteriosa durante uma pane na estrada.
  • “Brincadeira de criança” (SP, ficção, dir. João Toldi) – Brincadeira de primos evolui para tensões sombrias.
  • “Minha mãe é uma vaca” (MS/SP, ficção, dir. Moara Passoni) – Exibido em Veneza e premiado no Bafici, acompanha uma menina de 12 anos no Pantanal em chamas.
  • “Canto” (GO, ficção, dir. Danilo Daher) – Uma jovem busca emprego enquanto um amigo precisa se esconder.
  • “Boi de salto” (PI, ficção, dir. Tássia Araújo) – História de Abdias, que sonha em dançar de salto no tradicional Bumba-Meu-Boi.
  • “O amor não cabe na sala” (BA, ficção, dir. Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira) – Dois homens enfrentam o desafio da perda da visão no relacionamento.
  • “Réquiem para Moïse” (RJ, doc., dir. Caio Barretto Briso e Susanna Lira) – Caso real de menino imigrante africano assassinado no Brasil, denúncia do racismo estrutural.
  • “Thayara” (PR, doc., dir. Mila Leão) – Retrato de uma mulher indígena Kaingang que reflete sobre identidade e resistência.

Premiações

Na Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, os filmes disputam o Troféu Mucuripe em 11 categorias, incluindo Melhor Filme, Direção, Roteiro, Atuação e Fotografia. O vencedor de Melhor Longa recebe ainda R$ 40 mil para distribuição no Brasil.

Na Competitiva Brasileira de Curta-metragem, o Troféu Mucuripe contempla Melhor Curta, Direção, Roteiro e Prêmio da Crítica. Os concorrentes também disputam o Prêmio Canal Brasil de Curtas, voltado ao estímulo de novos cineastas.


A 35ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema acontece de 20 a 26 de setembro de 2025, com programação totalmente gratuita.

Mais informações no site do evento e no Instagram.