Idosos fazem parte do grupo de risco da pandemia do novo coronavírus e são parte do grupo que vem furando o isolamento recomendado pelos órgãos oficiais de saúde. No Brasil, 30% deles não seguem a risca as medidas de isolamento. A informação é de um levantamento online realizado pelo IPRC Brasil (Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental), em parceria com a Hibou.

De acordo com a pesquisa, 26% dos participantes afirmam desrespeitar a quarentena apenas quando necessário. Já os 4% restantes dizem que continuam levando uma rotina normal. “Ver que 70% deles estão cumprindo o isolamento é uma surpresa positiva, mas os 30% que continuam saindo de casa levantam preocupação”, comenta Renato Santos, diretor do IPRC Brasil e coordenador do levantamento.

A pesquisa foi capaz de mapear o risco comportamental dos idosos brasileiros no período de quarentena. As principais razões para as “escapadas” são quatro: fazer compras, garantir a saúde mental, e ir ao trabalho e risco aventura.

Alguns dos motivos usados para justificar as saídas podem ser trocados ou modificados – 66% justificam que precisam ir ao mercado ou farmácia, mas é possível usar serviços de entregas para não se colocar nem colocar outras pessoas em risco.

14% justificam que saem de casa para não prejudicar sua saúde mental e nota-se que muitas dicas sobre cuidado são direcionadas a crianças e jovens mas não abarcam os idosos.

Existe ainda o grupo que trabalha, que somam 10% dos participantes da pesquisa, e mostra a necessidade urgente de pensar modos de trabalho em casa ou ainda a dispensa remunerada desse grupo.

Parte do grupo que fura o isolamento também o faz pela confiança de que se cuida em suas saídas e que acredita que nada deve acontecer. “A informação correta precisa chegar a eles: ninguém é imune e os idosos são, sim, parte do grupo de risco com maior taxa de letalidade”, finaliza Renato.