1º Festival de Cinema e Cultura Indígena acontece de 2 a 11 de dezembro, em Brasília (DF)
Evento recebe 45 produções realizadas por cineastas indígenas
Enaltecendo e fortalecendo a cultura originária do Brasil, o Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI) realiza sua primeira edição entre os dias 2 e 11 de dezembro, no Cine Brasília, na capital do país. Com o tema “Como você cuida da sua aldeia?”, o evento recebe 45 produções realizadas por cineastas indígenas, e que claro, tratam de temas acerca de suas realidades e vivências.
Além de toda a programação de filmes, o festival contará com masterclasses, uma experiência imersiva em VR do filme “Amazônia Viva”, de Estevão Ciavatta, com a cacica Raquel Tupinambá, além de rodas de conversas com diretores, cineastas e parceiros que estão aliados com a produção indígena. Estarão presentes nomes como Fernando Meirelles, Luiz Bolognesi, Aurélio Michiles e Vincent Carelli, além da ativista Txai Suruí, produtora-executiva do premiado filme “O Território”, de Alex Pritz, presente na programação do festival.
A partir da curadoria de Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra, o festival selecionou dez filmes de realizadores indígenas para compor a Mostra Competitiva do evento. Estarão presentes filmes como “A Tradicional Família Brasileira – KATU”, de Rodrigo Sena, “Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki”, de Typju Myky e André Tupxi Lopes, e “Amary Otomo Ogopitsa: o Resgate da Memória Amary”, de Kamukaiaka Lappa Yawalapiti.
Haverá também a Mostra Paralela, com títulos como “A Força das Mulheres Pataxó da Aldeia Mãe”, de Caamini Braz e Vanuzia Bonfim, “Ãgawaraitá: Nancy”, de Priscila Tapajowara, “Elas – As Mulheres Krikati”, de Carlos Magalhães, e “Guardiões de um Tesouro Linguístico”, de Hugo Fulni-ô.
Já na Mostra Convidados, obras já consagradas como “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, “A Mãe de Todas as Lutas”, de Susanna Lira, “Amazônia, a Nova Minamata?”, de Jorge Bodansky, “As Hipermulheres”, de Takuma Kuikuro, Leonardo Sette e Fausto Carlos, “O Território”, de Alex Pritz, “Pisar Suavemente na Terra”, de Marcos Colon, e “Segredos do Putumayo”, de Aurélio Michiles.
As atividades do festival já começaram no segundo semestre deste ano. Em agosto, foi realizado o FeCCI Lab, um laboratório de projetos audiovisuais. Em setembro, o FeCCI realizou a Mostra Xingu, a primeira mostra de filmes do Alto Xingu, na aldeia Ipatse dos Kuikuro. A Mostra contou com um público de 400 pessoas, dos povos Kuikuro, Kalapalo e Wauja.
Confira a lista completa de filmes selecionados para o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena:
Mostra Competitiva
“A Tradicional Família Brasileira – KATU” direção: Rodrigo Sena
“Ãjãí: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki” direção: Typju Myky e André Tupxi Lopes
“Amary Otomo Ogopitsa: o Resgate da Memória Amary” direção: Kamukaiaka Lappa Yawalapiti
“Ga vī: a voz do barro” direção: Ana Letícia Meira Schweig, Angélica Domingos, Cleber Kronun de Almeida, Eduardo Santos Schaan, Geórgia de Macedo Garcia, Gilda Wankyly Kuita, Iracema Gãh Té Nascimento, Kassiane Schwingel, Marcus A. S. Wittmann, Nyg Kuita e Vini Albernaz
“Levante Pela Terra” direção: Marcelo Cuhexê Krahô
“Nossos Espíritos Seguem Chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru teri” direção: Ariel Ortega (Kuaray Poty)
“Paola” direção: Ziel Karapotó
“Somos Raízes” direção: Edivan Guajajara
“Um Só Ser – O Grande Encontro” direção: Arthur Ribeiro – Tsãka to.o
“Xixiá – mestre dos cânticos Fulni-ô” direção: Hugo Fulni-ô
Mostra Paralela
“A Força das Mulheres Pataxó da Aldeia Mãe” direção: Caamini Braz e Vanuzia Bonfim
“Adeus, Capitão” direção: Vincent Carelli
“Afluências” direção: Iasmin Soares
“Ãgawaraitá: Nancy” direção: Priscila Tapajowara
“Auto demarcação já” direção: Coletivo Audiovisual Dajhe Kapap Eypi
“Elas – As Mulheres Krikati” direção: Carlos Magalhães
“Experiência Indígena Pngati Guarani Kaiowá” direção: Michele Kaiowá
“Guardiões de um Tesouro Linguístico” direção: Hugo Fulni-ô
“Kamukuwaká: Território Sagrado” direção: Piratá Waurá
“Mba’eixa Nhande Rekova’erã – Mensageiros do Futuro” direção: Graciela Guarani
“Música é Arma de Luta” direção: Idjahure Kadiwel, Lucas Canavarro, Nana Orlandi e Carou Trebitsch
“NIWE BAI ~ caminhos do vento” direção: Lucas Canavarro e Nana Orlandi
“Ẽg ῖn: nossa casa” direção: Cineclube Ahoramágica; Centro de Memória e Cultura Kaingang; Associação dos Moradores da TI Apucaraninha; A cor da terra produções; Programa Vẽhn Kar (programa cogerido entre a comunidade indígena e a COPEL); Programa Pontos de Memória (IBRAM / MinC)
“O verbo se fez carne” direção: Ziel Karapotó
“Os espíritos só entendem o nosso idioma” direção: Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi
“Orê Payayá” direção: Movimento Associação Indígena Payayá Coletivo Mirante Escola Livre Audiovisual
“Por onde anda Makunaíma” direção: Rodrigo Séllos
“Rituais povo indígena Enawenê-nawê” direção: Iholalare Wayali Enawenê-nawê
“SŪKŪJULA TEI (Histórias de minha mãe)” direção: David Hernández Palmar
“Terra sem Pecado” direção: Marcelo Cuhexê Krahô
Mostra Convidados
“A Serra do Roncador ao Poente” direção: Armando Lacerda
“A Última Floresta” direção: Luiz Bolognesi
“A Mãe de Todas as Lutas” direção: Susanna Lira
“Amazônia, a Nova Minamata?” direção: Jorge Bodansky
“Amazônia SA” direção: Estevão Ciavatta
“As palavras encantadas dos Hupd’as” direção: Mina Rad
“A Febre da Mata” direção: Takumã Kuikuro
“As Hipermulheres” direção: Takuma Kuikuro, Leonardo Sette, Fausto Carlos
“Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas” direção: Lawrence Wahba
“Katu – Somos Ka’apor” direção: Alessandro Campos
“Mensageiras da Amazônia” direção: Aldira Akai Munduruku, Beka Saw Munduruku e Rilcelia Akay Munduruku
“O Território” direção: Alex Pritz
“Pisar Suavemente na Terra” direção: Marcos Colon
“Segredos do Putumayo” direção: Aurélio Michiles
“Tuã Ingugu (Olhos d’Água)” direção: Daniela Thomas
Veja a programação por dia e horário no site oficial do festival.