
1ª marcha nacional de trabalhadores LGBTQIAPN+ mobiliza militância por justiça no mercado de trabalho
O evento aconteceu nesta sexta-feira (20), às 13h, na Praça Franklin Roosevelt, centro de São Paulo.
Por Matheus Monteiro e Guilherme Alves
Nesta sexta-feira (20), aconteceu a 1ª Marcha Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras LGBTQIAPN+ de São Paulo, com o tema: trabalho digno, geração de renda e em defesa da democracia. Promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), com apoio da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra),o ato concentrou às 13h, na Praça Franklin Roosevelt e teve início por volta das 15h, seguindo rumo ao Theatro Municipal de São Paulo.
A marcha é um dos eventos que antecedem a 29ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo, com o tema: “Envelhecer LGBT+: memória, resistência e orgulho”, que acontecerá no próximo domingo (22), na Avenida Paulista, centro de São Paulo. O fim da escala 6×1 e a inserção profissional efetiva de pessoas LGBTIAPN+ foram alguns dos debates pautados.
Hoje, figuras importantes marcaram presença, como Renata Peron (ativista da causa LGBT), Salete Campari (madrinha do movimento), Jota (presidente da Juventude do PT-SP), Carol Iara (Co-Deputada Estadual de São Paulo), entre outros.
Para Daniel Calazans, secretário da CUT, a população LGBTQIAPN+ tem sofrido bastante no mercado de trabalho.
“Esse é mais um momento de conscientizar sobre as pautas que estão na mesa de negociação de vários ramos. (…) A Central Única dos Trabalhadores vem com o intuito de tornar pública a pauta (da população LGBT) dentro do mercado de trabalho formal. É um número muito ínfimo”.
Ivone Silva, vice-presidente da CUT, também reforçou a urgência desta questão.
“Para nós, trabalhadores e trabalhadoras, é importante ter um local de trabalho para todo mundo ser o que quer ser. É por isso que essa marcha é importante para nós”.
Ainda com toda a mobilização em torno da pauta, o evento encontrou dificuldades. A Praça Roosevelt foi fechada pela prefeitura, o que dificultou a circulação das pessoas. Diego Carvalho, membro do Conselho Municipal LGBT de São Paulo, comentou sobre isso quando subiu no trio da marcha:
“Temos que acolher toda e qualquer demanda do cidadão paulistano que faz parte dessa comunidade. Não podemos aceitar nenhum tipo de preconceito na maior cidade de diversidade da América Latina! (…) É um absurdo começar a 1ª Marcha com a Praça Roosevelt fechada para a população”.
A marcha também contou com a participação de organizações como Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo.
