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13 mulheres negras do audiovisual para conhecer e admirar
Seleção celebra os 30 anos do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Por Sérgio Madruga
Nesta segunda-feira, 25 de julho, completam 30 anos do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A data foi inspirada no primeiro encontro de mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas, que ocorreu em 1992, na República Dominicana. Na ocasião, grupos de feministas negras se reuniram em prol da luta das mulheres negras contra a opressão de gênero e o racismo. No mesmo ano, a ONU reconheceu e definiu a data como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.
Aqui no Brasil, a data também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, após a Lei 12.987, de 2014, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Conhecida como “Rainha Tereza”, Tereza de Benguela liderou o Quilombo de Quariterê, no Vale do Guaporé, em Mato Grosso, no século 18. O lugar abrigava centenas de pessoas negras e indígenas, tornando Tereza um símbolo de resistência à escravidão.
Em celebração desta data tão importante, selecionamos alguns (de muitos) nomes que marcaram e se destacam no audiovisual latino-americano e caribenho, sobretudo no Brasil. Mulheres que usam seu talento e sua voz para criar novos imaginários e possibilidades de um futuro melhor.
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Adélia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um filme no Brasil. Foto: Reprodução
Adélia Sampaio
Lenda viva do cinema nacional, Adélia foi a primeira mulher negra a dirigir um filme no Brasil. Lançado em 1984, “Amor Maldito” contava a história de Fernanda e Sueli, duas mulheres que se apaixonam e passam a morar juntas. A cineasta mineira já atuou no cinema em diversas frentes, como continuísta, maquiadora, câmera, montadora e produtora. Além do romance lésbico, Adélia já dirigiu outros trabalhos, como o documentário “Fugindo do Passado: um drink para Tetéia e história banal” e o curta “O Mundo de Dentro”.
“Me considero ousada pela coragem de fazer cinema” – Adélia Sampaio
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Larissa Fulana de Tal. Foto: Reprodução
Larissa Fulana de Tal
A cineasta nascida em Salvador, é diretora de criação na produtora Olhos Abertos Audiovisual. A diretora tem como objetivo, lutar contra estereótipos na hora de apresentar narrativas negras.
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Juh Almeida, cineasta, diretora e fotógrafa. Foto: Divulgação
Juh Almeida
Também natural da Bahia, Juliana é cineasta, diretora e fotógrafa. Sua filmografia conta com os filmes “Náufraga”, “Irun Orí” e “Eu, negra”. Juh dirige e roteiriza curtas-metragens autorais, filmes comerciais de publicidade, videoclipes, projetos documentais, fashion, ensaísticos e artísticos.
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A atriz, roteirista e diretora Vaneza Oliveira. Foto: Divulgação
Vaneza Oliveira
É atriz, roteirista e diretora, escreveu e dirigiu o curta-metragem “Mãe Não Chora”, ao lado de Carol Rodrigues. Já atuou em diversas produções, como a série “3%”, os filmes “Noturnos”, “Sobre Rodas”, “Kairo”, entre outros.
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Kase Peña, a única mulher trans latina a integrar a Associação de Escritores da América (WGAW). Foto: Damon Casarez / CNN
Kase Peña
Nascida em Nova Iorque, a roteirista Kase Penã é uma mulher trans de ascendência dominicana. É formada pelo programa de cinema da The City College Of New York. A escritora é a única mulher trans latina a integrar a Associação de Escritores da América (WGAW).
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Edileuza Penha de Souza, criadora do curta “Filhas de Lavadeiras”. Foto: Reprodução
Edileuza Penha de Souza
Com uma vivência sólida dentro da academia, com títulos como o de Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB) e Mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), desde 2006, Edileuza desenvolve pesquisas na área de cinema, com ênfase no Cinema Negro no Brasil e no Continente Africano. Em 2020, lançou o curta-metragem “Filhas de Lavadeiras”, na 25ª edição do festival de cinema É Tudo Verdade.
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Nadia Hallgren, diretora de “Minha História” e “Após o Furacão Maria”. Foto: Reprodução
Nadia Hallgren
A cineasta e diretora de fotografia nasceu no Bronx, em Nova Iorque, mas possui ascendência porto-riquenha, por parte de sua avó. Dirigiu o documentário “Minha História”, sobre Michelle Obama, e também o curta-documental “Após o Furação Maria”, abordando os dramas de famílias do Porto Rico após a devastação do furacão Maria.
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Viviane Ferreira, a segunda mulher negra a dirigir um filme no Brasil. Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Viviane Ferreira
A baiana é cineasta e diretora da Spcine. Se tornou a segunda mulher negra a dirigir um filme no Brasil, com
o longa “Um Dia Com Jerusa”, de 2020. Entre outras produções diversas, Viviane se estabeleceu como uma importante referência dentro do audiovisual negro brasileiro.
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A Elektra de “Pose”, Dominique Jackson. Foto: Peter Yang / Vanity Fair
Dominique Jackson
Estrela da série “Pose”, Dominique nasceu no país caribenho Trinidade e Tobago. Mudou para os Estados Unidos aos 18 anos, e posteriormente, conheceu a cultura ballroom, na qual fez parte de diferentes “casas”. Além de ser modelo e apresentadora, a atriz é uma forte representante da causa trans.
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Jeniffer Dias, atriz e produtora carioca. Foto: Fabio Audi
Jeniffer Dias
A atriz e produtora é carioca, já atuou em produções como a novela da TV Globo “Malhação”, e os filmes “Ricos de Amor” e “Barba, Cabelo e Bigode”, da Netflix. A atriz estará na série “Rensga Hits!”, que estreia em agosto. Jeniffer também está à frente do Coletivo 111, projeto de resistência artística que já tem quatro anos de existência.
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Maria Gal, atriz com diversos trabalho na TV. Foto: Pino Gomes / Reprodução
Maria Gal
Nascida em Salvador, Maria Gal é atriz e produtora. Conquistou o prêmio de Melhor Atriz pelo curta-metragem “Dor”, em 2011, no festival Art Deco De Cinema. Fez parte do elenco do filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, além de trabalhos na televisão, como “Joia Rara”, “Carrossel”, “Sob Pressão”, entre outros.
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A multiartista equatoriana Karina Aguilera Skvirsky. Foto: Reprodução
Karina Aguilera Skvirsky
Nascida no Equador, a artista multidisciplinar passeia entre diversas mídias, criando contrastes entre suas memórias no país de origem e a vida que leva atualmente nos Estados Unidos. Tais narrativas, abrem portas para o debate de questões mais amplas, como identidade e nacionalidade.
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Sara Gómez, uma das cineastas mais importantes do cinema latino-americano. Foto: Reprodução
Sara Gómez (1942-1974)
Foi uma cineasta, roteirista, musicista e jornalista cubana. Fez parte do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC), sendo a primeira mulher diretora do instituto e uma das poucas mulheres negras na instituição. Foi a primeira cubana a dirigir um filme no país, com “De Cierta Manera” (1974), e única diretora de longa-metragem por mais de 30 anos. O cinema de Gómez denunciava os problemas do Colonialismo, vividos especificamente por comunidades marginalizadas. Seu trabalho evidenciou as desigualdades de classe social, assim como as de raça e gênero.
Fontes: Instituto de Cinema, Casa 1, Ô Filmaço, Catarinas, Brasil de Fato, Arte Que Acontece, Filmes no Cinema e ANDES.