Justiça do Rio de Janeiro precisou proibir Marcelo Crivella do que já é proibido.

Foto: Adriano Machado / Reuters

RIO DE JANEIRO — O juiz Rafael Cavalcanti Cruz, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio, aceitou nesta segunda-feira (16), a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), e determinou que o prefeito pare de utilizar máquina pública a favor de interesses pessoais ou de grupos religiosos. Também foi determinado que Crivella deixe de atuar em favor da Igreja Universal do Reino de Deus, sob pena de ser afastado da prefeitura, e suspendeu o censo religioso nos órgãos da Administração Pública.

A decisão do juiz destaca que a reunião secreta de Crivella com líderes religiosos no último dia 4, teve como unico propósito disponibilizar privilégios indevidos aos presentes, facilitando o acesso à cirurgias de catarata e no pagamento de IPTU das igrejas.

Na denúncia do MPRJ contra Crivella, a promotora de Justiça responsável pelo inquérito, Gláucia Santanta, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, afirma que “há uma afronta nítida à laicidade do Estado e à liberdade religiosa”. Além da reunião secreta, as investigações abarcam uma série de fatos ocorridos desde o início da gestão Crivella na Prefeitura do Rio, em 2017.

Enquanto isso, o prefeito de fachada segue no poder, governando para poucos. Crivella, você não representa o povo carioca! #ForaCrivella