Forte repressão policial marca o segundo ato contra o aumento da tarifa em São Paulo
A PM de São Paulo atirou bombas de gás e spray de pimenta contra manifestantes que estavam sentados fazendo um jogral, antes mesmo do início do ato.
Aconteceu nessa quarta-feira, 16, o segundo grande ato contra o aumento de R$ 4,00 para R$ 4,30 – acima da inflação – nas tarifas de trem, ônibus e metrô, em São Paulo.
A manifestação se concentrou na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista e, antes mesmo de sair em marcha, os manifestantes foram surpreendidos por uma forte repressão da polícia militar de São Paulo, que estava em uma quantidade desproporcional a manifestação, atirou bombas de gás e spray de pimenta contra os presentes, enquanto estavam sentados em um dos lados da avenida fazendo um jogral para dar início ao ato.
Pessoas que passavam pelas proximidades no momento em que se iniciou a repressão relataram pelas redes sociais que a investida da PM foi despropositada, já que a manifestação sequer tinha começado e o ato seria pacífico.
Um dos manifestantes publicou um vídeo em seu perfil no Facebook, denunciando as agressões e ameaças que sofreu da PM por estar vestindo uma camiseta que continha uma estampa com o rosto do ex-presidente Lula.
O fotojornalista da Ponte Jornalismo, Daniel Arroyo, 39 anos, levou um tiro de bala de borracha no joelho direito enquanto realizava a cobertura do ato.
Um dos colaboradores da Mídia NINJA, William Vieira, também foi atingido pelas costas por um dos tiros de bala de borracha durante a repressão.