Por Maria Vitória Teixeira

No dia 16 de junho, completa-se 48 anos do Levante de Soweto, um marco histórico na luta pela liberdade e justiça na África do Sul. Em 1976, estudantes negros do país mobilizaram-se contra a imposição do africâner como língua de instrução nas escolas, exigindo uma educação que refletisse a pluralidade étnica e linguística no país.

O africanêr, idioma da classe dominante branca sul-africana, foi imposto nas escolas durante o regime do apartheid, iniciado na década de 1940. Essa imposição gerou descontentamento entre os estudantes, pois criou uma barreira educacional para jovens negros falantes de línguas africanas, acentuando ainda mais a desigualdade racial já existente no país. A revolta estudantil culminou no Levante de Soweto, em 16 de junho de 1978.

O Levante de Soweto destaca a importância da educação enquanto ferramenta de inclusão e empoderamento. Através de um currículo educacional inclusivo, garante-se que todos os estudantes sejam igualmente ouvidos e valorizados, possibilitando a construção de um ambiente de aprendizado verdadeiramente justo e representativo.

Além disso, a mobilização sul-africana coloca em evidência o poder da educação como instrumento de mobilização, para construir a luta pelo direito a uma educação plural e de qualidade, que abrace as diversidades existentes entre os estudantes.

O Levante de Soweto fortalece o espírito de luta não somente contra a discriminação racial, mas também contra o déficit educacional existente na contemporaneidade, deixando um legado inspirador para a luta pela educação.

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