“Como morador da periferia uma das coisas que mais percebo nas pessoas é a descrença com a política. Porque as pessoas observam que o ambiente da política é tomado por interesses e em geral esses interesses não são o da maioria das pessoas. Acredito que um mandato popular de um vereador tem o desafio de envolver essas pessoas e de fazer com que elas acreditem novamente na política.”

Onã Rudá iniciou sua trajetória no movimento estudantil de maneira mais intensa como diretor de comunicação do Núcleo Loreta Valadares e depois diretor de Comunicação da União dos Estudantes da Bahia. É fundador da torcida organizada LGBTricolor, diretor da União Nacional LGBT Bahia, Coordenador de Área de Esportes da Aliança Internacional LGBTi, midiativista e agora se candidata a vereador em Salvador.

Jovem, defensor da causa antirracista, lutou por justiça social e contra as opressões no decorrer da sua historia. Foi autor da Lei ‘Teu Nascimento’ que pune LGBTfobia e da Lei ‘Milena Passos’ que estende essa punição para o âmbito administrativo público e privado. Atuação que prioriza a importância de construir um projeto coletivo, que seja representativo e que floresce nas ruas, para brotar nas lutas institucionais com imponência: “É importante dizer que hoje a gente não tem representante LGBT na Câmara de Vereadores de Salvador e é simbólico que a gente aumente a representatividade nesse espaço.” Ter um representante que reflita diretamente a vivência na periferia, nos movimentos sociais e na defesa das pautas de minorias é um avanço fundamental. Principalmente pelo que passa hoje o Brasil, um processo de ataque dos direitos conquistados.

“Essa minha origem da periferia sendo esse sujeito negro, gay, me trouxe uma série de reflexões a respeito do mundo que a gente vive e das condições de vida que algumas pessoas tem. Porque existem algumas desigualdades que são inexplicáveis e falta muito da presença do Estado, da Prefeitura, dos poderes constituídos que podem garantir direitos.”

 

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Com a torcida LGBTricolor aproveitou o ambiente criado pelo Bahia para desenvolver ações afirmativas e levar o debate sobre a reconfiguração das relações no futebol. Sem violência, sem preconceito e sem discriminação. Para além do debate e das atividades efetivas já aplicadas na sua trajetória, Onã, enquanto candidato pelo Partido Comunista do Brasil, que dar continuidade e fortalecer essa luta participativa, que entende a importância de pensar uma economia criativa e sustentável para o povo pobre da periferia, fomentar mais manifestações culturai e novas formas de ter acesso ao conhecimento, principalmente agora diante da pandemia. É preciso ter coerência no discurso e na prática para construir uma alternativa de luta verdadeira e consistente. 

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