Por Juan Madeira

O ponteiro de 25 anos domina as redes. É campeão dentro das quadras e um fenômeno fora delas. Nos jogos olímpicos de 2016, Douglas Souza conquistou o título com a seleção brasileira. Na edição de 2020, ganhou o coração dos amantes (e não amantes) dos esportes, com a irreverência e carisma que tomou conta das redes sociais.

 

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Em 2020, Douglas disse que espera ser lembrado como o primeiro atleta homossexual no vôlei brasileiro a jogar em alto nível. Além disso, afirmou que quer ser um espelho de pessoas fora do padrão. “Eu sou fora do padrão. Sou também extremamente magro e isso assusta no nosso meio. Se eu, um garotinho magrinho, pequenininho do interior de São Paulo consegui, você também vai conseguir. É assim que eu quero ser lembrado”, comentou o jogador, em live que participou nas redes sociais de seu clube, o Vôlei Taubaté.

A carreira do jogador teve início em sua cidade natal, Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo, e por uma condição médica, foi recomendado que ele fizesse algum esporte. “Eu tinha bronquite e já tinha testado outros esportes. Até que eu cheguei no vôlei e virou uma paixão”. Aos 14 anos, Douglas passou em um teste no Esporte Clube Pinheiros, onde ficou até 2013, quando foi para o São Bernardo jogar profissionalmente, apesar de ter apenas 17 anos. Ainda atuando nas seleções de base, conquistou diversos títulos como campeão sul-americano juvenil e vice-campeão do mundial juvenil.

A carreira do paulista ainda é curta, porém bem vitoriosa. Além do título olímpico, conquistou uma medalha de prata no Campeonato Mundial em 2018 e a Superliga na temporada 2018/2019, além de alguns títulos individuais, como Melhor Ponteiro dos Jogos Pan-Americanos de 2015 e MVP (jogador mais valioso) da Copa Pan-Americana, no mesmo ano.

A seleção brasileira de vôlei estreia nas Olimpíadas na sexta-feira, 23/07, às 23h05 contra a Tunísia.