Duas modalidades entram no programa das Paralimpíadas: o parabadminton e o parataekwondo

Atleta de parabadminton golpeia uma peteca com uma raquete durante partida. Ele veste uniforme amarelo da seleção brasileira.

Foto: Takuma Matsushita

Por Monique Vasconcelos

Os Jogos Olímpicos de Tóquio vêm chegando com muitas novidades, como as estreias das modalidades parabadminton e parataekwondo substituindo o futebol de 7 e a vela. O parabadminton é a versão adaptada do badminton e conta com um representante brasileiro na competição, o curitibano Vitor Gonçalves Tavares, de 21 anos.

O esporte pode ser jogado individualmente ou em duplas em uma quadra com rede com os atletas portando raquetes e uma peteca. As partidas são realizadas no formato “melhor de três”. Vence a partida o competidor que ganhar dois dos três jogos. Cada jogo de parabadminton tem a contagem de  21 pontos e em caso de empate, o jogador que marcar dois pontos de vantagem primeiro vence. Os pontos são marcados quando a peteca toca o solo da quadra do adversário ou quando o jogador comete algum erro, como arremessar a peteca para fora da quadra adversária, por exemplo.

A competição é dividida entre classes, de acordo com o tipo de deficiência de cada jogador. Ao total, nas competições olímpicas serão aplicadas 6 divisões de classes, sendo elas:

  • WH1 (wheelchair): Para pessoas que utilizam cadeiras de roda com lesões graves;
  • WH2 (wheelchair):Para pessoas que utilizam cadeiras de rodas com lesões leves;
  • SL3(Standing Lower): Para andantes com lesões leves nos membros inferiores;
  • SL4 (Standing Lower):Para andantes com lesões graves nos membros inferiores;
  • SU5 (Standing Upper):Para andantes lesionados nos membros superiores;
  • SH6 ( Short Stature): Pessoas com baixa estatura ou nanismo.

Foto: Daniel Zappe / Exemplus / CPB

Vamos conhecer o parataekwondo?

O parataekwondo é disputado por atletas com colete azul e vermelho. O uniforme possui sensores capazes de medir a potência do chute quando em contato com a meia do oponente, que tem 12 sensores em pontos distintos do pé.

As lutas são realizadas em três rounds de dois minutos, com um minuto de intervalo. Ganha o atleta que tiver mais pontos ao término do último round. Se acabar empatado, ocorre mais um round e o vencedor é o lutador que fizer os dois primeiros pontos. A luta também pode encerrar antes do final do terceiro round, caso um atleta some 20 pontos a mais do que o adversário, o que é considerado vantagem técnica.

A contagem do placar na luta é a seguinte:

– 1 ponto para cada falta cometida pelo adversário;
– 2 pontos para chutes retos no colete;
– 3 pontos para chutes giratórios em 180 graus no colete;
– 4 pontos para chutes giratórios em 360 graus no colete;
– Soco é permitido, mas não é pontuado.

Já nas faltas, a diferença é que, no parataekwondo, não é permitido chute na altura da cabeça. A cada chute alto executado é considerado uma punição, gerando um ponto para o adversário e, dependendo da intensidade, o atleta pode ser penalizado com uma desclassificação no meio de um combate.

A classe que faz parte do programa paralímpico são as classes K43 e K44, na qual os atletas da classe K43 (atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia bilateral) podem competir na classe K44 (atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores). Além da divisão de classe, os atletas são divididos por categorias de pesos.

Texto produzido para cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

 

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