Reportagem do Fantástico trouxe graves denúncias de ex-funcionários. Comissão na Câmara avaliará o caso nesta terça (29)
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[Aviso de gatilho: matéria com relatos de violência sexual, ideação suicida e exploração de crianças]
Uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, veiculada neste domingo trouxe uma série de graves acusações contra o vereador e ex-policial militar Gabriel Monteiro, envolvendo assédio moral e sexual, além de estupro. A matéria trouxe depoimentos de cinco ex-servidores e ex-funcionários, incluindo uma mulher que teve relações sexuais com o vereador.
Conforme a matéria, Gabriel também foi acusado de forjar cenas de ações policiais ou atos de suposta caridade que ele publica em seu canal no Youtube, por onde ficou famoso frente ao Movimento Brasil Livre (MBL), sendo o terceiro vereador mais votado do Rio de Janeiro na atual legislatura. Com ajuda de policiais, ele simulava ações de tiroteio. Em outro vídeo, dirigiu uma criança “carente” que ele teria ajudado com doação de comida. As cenas passaram por avaliação de peritos da reportagem que confirmaram a armação dos vídeos.
Além disso, o vereador também foi acusado de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A Comissão de Ética e Decoro da Câmara irá se reunir às 15h desta terça-feira (29) para tratar das denúncias.
Assédio sexual e estupro
Luiza, uma das entrevistadas, trabalhava para o vereador em seu canal de Youtube. Ela acusa Gabriel de assédio sexual:
“Ele me abraçava assim por trás, ‘te amo’ e não sei o que, ‘você é minha amiga’. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança”, relata.
Ela conta situações de assédio sexual quando estavam juntos e que por diversas vezes ele a tocava sem autorização. “Cansou de passar a mão na minha bunda. E eu segurando a mão dele. Pedindo e pedindo”. Ela conta que após sete meses vivendo de abuso, ela se sentia culpada, tentou tirar a própria vida e procurou ajuda psiquiátrica.
O depoimento de outra mulher traz ainda uma denúncia de estupro. Ela disse que inicou uma relação sexual consentida com Gabriel Monteiro mas, no meio da relação, ela pediu para parar: “teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar. E ele rindo, ‘é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada.”
Ela revelou que foi machucada e abusada, reforçando que Gabriel agiu com agressão e força física.
Outros ex-funcionários falam de assédio moral e diversas situações de constrangimento diante de Gabriel, incluindo cenas em que ele se masturbava diante da equipe, exibindo seu órgão sexual.