O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o mês de agosto o julgamento da denúncia, apresentada pela Procuradoria Geral da República, contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar deve responder por porte ilegal e perseguição armada, após atacar o jornalista Luan Araújo, de 32 anos, em São Paulo, em 2022.

O julgamento ocorrerá no plenário virtual do STF, entre os dias 11 e 21 de agosto, e decidirá se Carla Zambelli se tornará ré em uma ação criminal. Os ministros analisarão as evidências e argumentos apresentados pela Procuradoria Geral da República antes de tomar uma decisão.

Os fatos que deram origem à denúncia ocorreram em outubro do ano passado, véspera do segundo turno das eleições. A deputada chegou a perseguir o homem com uma arma em punho, gerando grande repercussão na mídia.

A Procuradoria Geral da República solicita que o STF condene a deputada ao pagamento de uma multa de R$ 100 mil, por danos morais coletivos. Além disso, requer o confisco da arma de fogo, utilizada no episódio criminoso, e o cancelamento definitivo do porte de arma de Carla Zambelli.

De acordo com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, a parlamentar não possuía autorização para utilizar a arma, ostensivamente, em público. Araújo ressaltou que o porte de arma, concedido a Carla Zambelli, tem o objetivo exclusivo de garantir sua autodefesa, e não de constranger a liberdade de terceiros.

Zambelli também enfrenta pedido de cassação na Câmra dos Deputados pelo episódio.