Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos, é uma das vítimas. Ela foi morta por uma bala perdida na entrada da favela da Chatuba, do lado da Vila Cruzeiro. Foto via Instituto Fogo Cruzado

Atualizado em 25/05 às 10h17

Uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, provocou intenso confronto nesta terça-feira (24) na localidade.

Segundo informado por moradores à Voz das Comunidades, tiros já eram ouvidos por volta de 4h da manhã. “Há relatos de 10 mortos sem identificação e 2 feridos, no Hospital Getúlio Vargas, localizado na Penha, Zona Norte do Rio”. Na tarde desta terça-feira, autoridades já informam que ao menos 24 pessoas morreram na operação policia.

Uma mulher da comunidade da Chatuba foi atingida por um tiro e não resistiu. Identificada como Gabriela Ferreira da Cunha, de 41 anos, ela foi baleada e morta durante o tiroteio na entrada da Chatuba, ao lado da Vila Cruzeiro. Seu já foi encaminhado para o IML.

A área foi isolada pela equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para perícia da Delegacia de Homicídios da Capital. À Agência Brasil, o porta-voz da Polícia Militar afirma que a operação teve como objetivo a prisão de líderes da facção criminosa que opera na região, no Jacarezinho e Mangueira, também na zona norte.

A Secretaria Municipal de Educação informou que, por causa das operações policiais na Vila Cruzeiro e proximidades, 19 escolas da região estão fechadas, prestando atendimento remoto.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Penha, informou que, até o momento, 12 pessoas, vítimas de perfuração por arma de fogo (PAF), foram encaminhadas à unidade na manhã de hoje. Dez mortes foram constatadas na emergência e duas pessoas estão em atendimento no setor de trauma.

Ainda conforme a secretaria, não há registro de entrada de paciente com o nome Gabriela Ferreira da Cunha, que seria a identificação da mulher morta com um tiro na Chatuba.

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