Filho de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro publicou notícia falsa que ligava Jean Wyllys a Adélio Bispo

Foto: Câmara Rio de Janeiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, anulou as decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que inocentaram o vereador Carlos Bolsonaro no caso em que o filho do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro relaciona o ex-deputado federal Jean Wyllys a Adélio Bispo, autor da facada contra o então candidato à presidência, em 2018.

Carlos publicou uma falsa notícia em que uma testemunha teria afirmado em depoimento à Polícia Federal que Adélio esteve no gabinete de Jean Wyllys, o que é uma completa mentira. O STF determinou que seja feito um novo julgamento.

Para Gilmar, a Justiça do Rio ignorou os pedidos do PSOL para que o caso fosse rejeitado, e, para o ministro, a decisão da justiça fluminense não tratou de pontos essenciais do processo.

“Examinando todo o contexto já explicitado e, em especial o inteiro teor de todas as mensagens publicadas no Twitter, resta claro que há acontecimento certo e determinado no tempo, sendo possível depreender que, a princípio, a manifestação do recorrido teria extrapolado mera crítica, podendo caracterizar crime de difamação”, disse o ministro.

Carlos publicou a notícia falsa de Oswaldo Eustáquio, um blogueiro bolsonarista condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná por difamação contra o PSOL.

Gabinete do Ódio

Carlos Bolsonaro é apontado no inquérito federal que investiga uma rede de produtores de notícias falsas, que foi amplamente utilizada durante a pandemia de Covid-19, e também usada para propagar informações falsas acerca de partidos e personalidades de esquerda. O relator do inquérito é o ministro Alexandre de Moraes.