Collor fez campanha para eleição de Jair Bolsonaro em 2018 e em 2022

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesta quinta-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou uma maioria de votos de 6 a 1 para condenar o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além disso, há cinco votos favoráveis à condenação de Collor pelo crime de integração de organização criminosa.

O processo em questão é uma ação movida contra Collor por supostamente ter recebido propinas em contratos da BR Distribuidora, anteriormente uma subsidiária da Petrobras responsável pela venda de combustíveis. As investigações tiveram início durante a Operação Lava Jato.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, propôs uma pena de 33 anos, dez meses e dez dias de reclusão em regime inicial fechado. O ministro também propôs uma multa no valor aproximado de R$ 1,7 milhão (corrigido pela inflação) e a proibição de exercer cargos ou funções públicas por um período que corresponderia ao dobro da pena de privação de liberdade imposta. No entanto, ainda não houve uma definição sobre a duração exata da pena.

A maioria formada pelos ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia acompanhou as condenações propostas por Fachin, sem entrar em detalhes sobre as penas a serem aplicadas.

O julgamento será retomado na próxima quarta-feira (24) com os votos pendentes dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

O ministro Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL), votou pela absolvição de todos os crimes imputados a Collor.

Collor fez campanha para eleição de Jair Bolsonaro em 2018 e em 2022. Chegou a convidar o ex-presidente de extrema direita para subir em seu palanque. Em uma dessas ocasiões, esteve presente quando bolsonaristas gritavam ‘imbrochável’, em referência a Bolsonaro.