Objetivo da CPI é auxiliar os órgãos de controle na apuração quanto para averiguar se há um comando central nessa prática

Empresário em São Miguel do Guamá foi indiciado a pagar indenização aos funcionários que tentou coagir a votar em Bolsonaro.

Com informações do Congresso em Foco

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) obteve nesta terça-feira (25) o número de assinaturas necessárias para implementar uma CPI para investigar a prática de assédio eleitoral no pleito de 2022. De acordo com o parlamentar, a CPI é necessária tanto para auxiliar os órgãos de controle na apuração quanto para averiguar se há um comando central nessa prática.

Assédio eleitoral consiste na utilização de um espaço de autoridade (como a chefia de uma empresa, liderança religiosa ou mesmo a de prefeito de um município) para pressionar eleitores a votar em determinado candidato. Esse fenômeno sempre existiu na política brasileira, mas o primeiro turno das eleições de 2022 veio acompanhado de um pico de denúncias, principalmente de empresas pressionando funcionários para que votem em Jair Bolsonaro (PL), que disputa reeleição.

“Nada disso é permitido, isso é crime eleitoral, e há um comando central organizando essas ações. Por isso a importância da CPI”, defendeu Prates. O senador traz como exemplo de assédio coordenado um caso de seu estado. “Nós temos casos, inclusive em Natal, onde prefeito e autoridades da prefeitura foram reunir pessoas que dependem do alvará da prefeitura, e coagiram essas pessoas a fazer campanha dentro de seus comércios, dentro de suas empresas, dentro de seus negócios”, relatou.

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