Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

O governo de Mato Grosso, comandado por Mauro Mendes (DEM), além de cortar diálogo com os professores e servidores da educação básica em greve no Estado, decidiu praticar uma série de ações truculentas contra os grevistas. Além de terem o ponto ilegalmente cortado, eles agora perderam o acesso ao crédito consignado. As medidas só tem ampliado a reação dos professores, que foram às ruas em protesto. Hoje, quarta-feira, 17, está marcado mais um grande ato no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em frente ao Shopping Pantanal, em Cuiabá (MT).

A greve já dura cerca de 55 dias. Com o corte do ponto, mais de 15 mil profissionais da educação ficam sem salários neste mês. Em virtude desta retaliação, os protestos dos grevistas se somaram a uma campanha de doação solidária. Nas ruas de Mato Grosso, agora é comum encontrar docentes e servidores da Educação nos sinaleiros pedindo apoio. Doações de dinheiro e comida são aceitas.

As assembleias gerais dos grevistas também têm se ampliado cada vez mais, somando adeptos e movimentos interessados em somar-se à luta dos docentes e servidores. Ainda que negligenciado pelas mídias tradicionais cuiabanas, as passeatas também têm crescido.

Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

Ao todo são cerca de 40 mil profissionais da educação básica pública em Mato Grosso. As duas principais reivindicações são as do cumprimento integral da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, pagamento dos salários cortados durante o período de greve e além disso, e a lei 10.572/2017 sobre RGA, referente aos pagamentos retroativos que não foram feitos. Toda tentativa de diálogo com o governador foi feita, mas ele reforça que não pode conceder o aumento para não ultrapassar o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O sistema judiciário de MT, através do procurador-geral do Estado Francisco de Assis da Silva Lopes cortou o ponto dos profissionais da educação básica afirmando que a sua decisão seguia entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o desconto nos salários dos funcionários em greve ilegal é permitida por lei. Contudo, a reivindicação dos professores é de que não há nenhuma ilegalidade no ato de greve.

Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

 

Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

 

Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

Foto: Francisco Alves / Mídia NINJA

Leia mais: