O Pegabot é uma tecnologia brasileira desenvolvida pelo ITSRio e busca identificar probabilidade de automação em perfis no Twitter

Foto: Mídia NINJA

O Pegabot é finalista na categoria “Assegurando um mundo digital mais ético e seguro” no prêmio oferecido durante o Fórum da Paz de Paris para iniciativas que buscam soluções para combater problemas em um contexto de crise. O evento ocorre entre os dias 11 e 12 de novembro, em Paris, e congrega atores de diferentes setores da sociedade e líderes mundiais.

A tecnologia do Pegabot é de código aberto e foi desenvolvida pelo ITSRio. O objetivo é identificar o potencial de automação em contas nas redes sociais, especificamente no Twitter, e dar autonomia aos usuários para reconhecer contas fraudulentas que se engajam em campanhas desinformativas.

“A proposta do Pegabot inclui olhar para a questão da desinformação a partir de um olhar multissetorial e que ao mesmo tempo traga transparência para o combate ao problema por meio da rápida identificação de bots que aumentam o alcance de conteúdos desinformativos”, explica Karina Santos, coordenadora de Mídia e Democracia no ITSRio.

Durante as eleições brasileiras deste ano, o Pegabot analisou mais de 10 hashtags envolvidas em campanhas que propagaram desinformação eleitoral. Em cada relatório são analisados cerca de 200 mil tweets para detectar contas potencialmente automatizadas a partir de comportamentos que fogem do esperado ou observado na plataforma.

A longo prazo, o Pegabot deseja promover o empoderamento dos cidadãos por meio do uso da ferramenta de detecção. Assim, sociedade civil, setor público, organizações de mídia e usuários estão aptos a identificar campanhas desinformativas, desenvolvendo a resiliência e mecanismos de defesa para indivíduos e entidades afetadas por este tipo de campanha que deteriora o ecossistema digital de mídia.

Três em cada cinco perfis que tuitaram sobre atos pró-Bolsonaro do 07/09 têm alta probabilidade de serem bots