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No dia 28 de maio estreou em Londres pela OpenDemocracy, a série documental “Resistances”

Dividida em quatro episódios, a série conta a história de Jean Wyllys, Marcia Tiburi, Wagner Schwartz e Débora Diniz, quatro brasileiros que tiveram suas vidas transformadas a partir da opinião pública e poder político. Eles enfrentaram uma campanha de difamação coordenada, em que o objetivo central era o silenciamento e a interrupção de vozes da comunidade intelectual e artística nacional. A ação foi potencializadas pela internet e pelo surgimento do “fake”. O grupo foi exposto a diversos ataques misóginos e homofóbicos, sendo assim, forçados ao exílio quando as ameaças passaram a ser contra a sua integridade física e até mesmo, a morte.

Como relatado no artigo da OpenDemocracy, onde todas as informações sobre esse trabalho foi divulgado, o “crime” da filósofa, escritora e pintora Marcia Tiburi foi condenar publicamente o golpe de 2016, defendendo os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva;

Jean Wyllys, político, ativista, jornalista e artista visual, denunciou o assassinato de Marielle Franco como ato de intimidação contra minorias e lançou campanha no Twitter para denunciar a negação genocida de Jair Bolsonaro contra a pandemia de Covid-19.

O artista Wagner Schwartz encenou uma performance intitulada “La Bête”, nu, em um museu, sendo acusado de pedofilia e difamado ao ponto de receber ameaças de morte.

Debora Diniz, professora universitária e ativista feminista, compareceu perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a descriminalização do aborto, tornando-se alvo de ataques da extrema-direita.

O documentário, que ainda não está disponível no Brasil e sem data para lançamento no país, relata e nos apresenta o impacto das campanhas agressivas de difamação, do fascismo, dos ataques verbais e ameaças físicas.

“Resistências”, como aponta o próprio slogan, nos dá pistas do conteúdo audiovisual proposto: “palavras e arte para lutar contra a difamação política”. Seu foco é combater a difamação política com palavras e arte.

A série documental foi produzida pela seção latina do openDemocracy, o democraciaAbierta, criada por Jean Wyllys e Francesc Badia i Dalmases e dirigida pela cineasta Cristina Juliana Abril.