Grupo está sendo acompanhado por equipes do Cras e Creas

Foto: Governo da Bahia

Os trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul serão realocados em fazendas de criação de cabras na região Sisaleira da Bahia. O objetivo do projeto “Vida Pós Resgate”, uma iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é assentar cerca de metade dos 194 baianos que retornaram ao estado em fevereiro deste ano.

O projeto, financiado pelas indenizações por danos morais coletivos das ações judiciais movidas contra as empresas responsáveis pelo trabalho análogo ao escravo, tem como meta reinserir os trabalhadores e suas famílias no campo por meio de associações. A produção de leite e a venda de carne serão a fonte de renda para essas associações.

Desde o mês passado, a iniciativa tem procurado terrenos nas cidades de Serrinha, Conceição do Coité, Monte Santo e São Domingos, todas na Bahia. Foram selecionadas as quatro cidades com o maior número de resgatados para a realocação. O processo está mais avançado em Monte Santo e Conceição do Coité, onde as prefeituras concordaram em cooperar e já estão envolvidas no projeto.

O MPT aguarda a assinatura de um termo de cooperação com o governo da Bahia, que já demonstrou interesse no projeto. Em março, o órgão firmou um termo de cooperação técnica com o governo do Rio Grande do Sul.

Os trabalhadores resgatados estão sendo acompanhados pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Este é o terceiro assentamento do projeto “Vida Pós Resgate” iniciado em 2021, após a realização de outros dois nas cidades de Una e Aracatu.