Estojo apreendido é no valor de R$ 16,5 milhões e iriam ser entregues para Michelle Bolsonaro

Foto: Receita Federal

O estojo de joias no valor de R$ 16,5 milhões, anteriormente retido na Receita Federal em São Paulo, foi entregue à Polícia Federal. O conjunto contém um anel, colar, relógio e brincos de diamantes originários da Arábia Saudita. A perícia será iniciada pelos investigadores para que seja elaborado um laudo com a descrição dos itens e a qualidade das pedras.

Este estojo foi o primeiro a ser apreendido no Aeroporto de Guarulhos no ano de 2021, quando os materiais foram encontrados na mochila do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Posteriormente, descobriu-se que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu outros dois presentes da Arábia Saudita: o primeiro em 2019 e o segundo veio junto com o estojo que foi apreendido, porém, não foram declaradas para a fiscalização da Receita. As joias foram entregues na semana passada e já estão em Brasília, de acordo com a Polícia Federal. Elas estavam guardadas na fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, apoiador do bolsonarismo, como publicou a NINJA.

Na tarde desta quarta-feira (5), Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar esclarecimentos sobre os presentes da Arábia Saudita. O ex-presidente permaneceu no prédio por pouco mais de 3 horas.

Além de Bolsonaro, prestaram depoimento outras nove pessoas, cinco delas em Brasília e quatro em São Paulo, todas na tarde desta quarta. Um dos depoentes é o antigo ajudante de ordens do ex-presidente da República, o tenente-coronel Mauro Cid.

Cid protagonizou uma das tentativas de reaver as joias que ficaram retidas com a Receita Federal.