Foto: Ricardo Bufolin

Por Renan Cuel e Danilo Lysei para a NINJA Esporte Clube

Rebeca Andrade, 22 anos, segue no Japão para a participação do Mundial de Ginástica Artística. Contudo, a campeã olímpica de Tóquio 2020 não competirá uma das maiores provas da ginasta: o Solo, ao som de Baile de Favela.

A decisão foi anunciada pela Comissão Técnica do Brasil nesta sexta-feira (15), às vésperas da classificatória prevista para início na próxima segunda. Em contextualização a definição, Rebeca explica que o objetivo maior é o planejamento para Paris 2024: “Precaução, planejamento, análise médica e física e respeito com o meu corpo. Gente, estou vindo de um momento em que fiz uma preparação muito difícil. Para chegar aqui e fazer o mesmo solo que vinha fazendo, exigiria muito do meu corpo. Sei que todos gostariam de me ver fazendo Baile de Favela. Eu também! Mas tenho que ser inteligente agora e saber que este não é o momento.”

A atleta segue ainda as disputas femininas nos aparelhos Salto (sua principal), Paralelas e Trave. Com a não participação, Rebeca ficará de fora da disputa do pódio no individual geral em Kitakyushu. Participantes da modalidade e entusiastas criticaram a decisão da não participação e a estratégia da CBG.

“A equipe discutiu e analisou esta longa temporada e a alta exigência até aqui. Entendemos que, para que a Rebeca possa fazer o solo com bom nível técnico e seguro, a carga de treinamentos precisaria ser maior e mais complexa, nesse momento pós-Olimpíada e planejamento a longo prazo não seria adequado. Após o Mundial ela fará um período de descanso necessário e merecido, para se preparar para o novo ciclo”, esclareceu o treinador Francisco Porath Neto, em relação ao posicionamento.