As duas atletas realizaram marcos importantes em 2022

As medalhistas olímpicas do Brasil, Rebeca Andrade (ouro e prata, ginástica artística) e Rayssa Leal (prata skate). Fotos: COB/Divulgação

Por Hellen Sacramento

As campeãs mundiais são brasileiras: Rayssa Leal e Rebeca Andrade. A maranhense de apenas 14 anos é a campeã mundial de Skate Street pelo Super Crown, vencendo todas as etapas prévias do SLS. Já a Rebeca, com 23 anos, levou o ouro no Mundial de 2022, conquistou o título de primeira ginasta brasileira a ser campeã olímpica, e é a primeira brasileira a ganhar duas medalhas na mesma edição das Olimpíadas.

As duas atletas realizaram marcos importantes em 2022 e deixam seus fãs orgulhosos e inspiram as meninas de todo o Brasil a se conectarem com o mundo dos esportes.

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Rayssa Leal

A melhor skatista do mundo , nascida no Maranhão é especialista na modalidade street, ganhou um skate de seu pai com 6 anos e já começou suas aventuras. Durante um de seus treinos que estava fantasiada de Sininho, sua mãe gravou e enviou ao Tony Hawk, o skatista mais famoso do mundo, e ele fez questão de postar seu vídeo. Desde então, Rayssa ganhou o apelido de fadinha, além de convites para programas de televisão e mais oportunidades profissionais. Apesar do apelido fadinha ter impulsionado a atleta, a campeã mundial confessou em um entrevista no ano passado que preferia não ser chamada de fadinha: “Muita gente me pergunta se eu gosto do apelido. Na verdade, eu gosto, só que sei que estou crescendo e queria ser chamada mesmo por Rayssa Leal, que é meu nome, mas agora não tem como mais, Fadinha do Skate vai ficar pelo resto da minha vida”, declarou Rayssa no programa de TV Altas Horas.

Em 2019, com 11 anos, Rayssa entrou para algumas competições nacionais e internacionais. Sua primeira aparição mundial foi no Street League Skateboarding Championship (SLS) em Londres levando a medalha de bronze. No mesmo ano e na mesma competição, na edição de Los Angeles, a maranhense levou o ouro.

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A sua carreira deslanchou nos anos seguintes. Em 2020, foi indicada como Atleta de Ação ao Prêmio Laureus do Esporte Mundial, concedido anualmente em fevereiro aos atletas que tiveram destaque no ano anterior. E também, em sua primeira apresentação no X Games da ESPN, ficou em 4° lugar.

Nas Olimpíadas de Tóquio, Rayssa atingiu metas importantes para o Brasil. Ela conquistou a medalha de prata na modalidade Street, tornando-se a medalhista mais jovem da delegação brasileira, com 13 anos e 203 dias. E ainda se estabeleceu como a pessoa mais jovem a ganhar uma pódio nas olimpíadas em 85 anos e a sétima pessoa mais nova da história.

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Durante a competição, em 2021, saíram muitos vídeos da atleta com outras competidoras da sua modalidade. Ela esbanjava alegria, empatia e animação pelas manobras de suas parceiras de esporte. Não demorou muito para sair a votação a favor da Rayssa como Visa Awards, dado a quem representou melhor os valores olímpicos durante a edição.

Rayssa logo se pronunciou agradecendo pela honra recebida.

Com uma campanha impecável em 2022, Rayssa venceu todas as etapas do Street League Skateboarding Championship (SLS), Jacksonville, EUA, Seattle, EUA, Las Vegas, EUA e Rio de Janeiro, Brasil – Super Crown, se estabelecendo como a maior campeã de etapas com 5 pódios neste campeonato. E, no último domingo (6), Rayssa se consagrou campeã do mundo na SLS.. Ela acumula 15 estatuetas em 23 premiações ganhas.

Rebeca Andrade

A ginasta artística de 23 anos compete pelo Clube do Flamengo, campeã olímpica e mundial, começou a carreira aos 4 anos incentivada por uma professora de ginásio em Guarulhos. Foi lá que ela ganhou o apelido de Daianinha de Guarulhos em referência a Daiane dos Santos, e alguns anos depois teve a oportunidade de treinar com a sua ídola. A campeã teve uma infância humilde com sua mãe e mais 7 irmãos, mas nunca desistiu do seu amor pelo esporte, com a ajuda de seu irmão para levá-la aos treinos de bicicleta e dos instrutores financiando as viagens para competições.

Rebeca construiu os 10 anos de carreira tão idealizada em sua infância. De pouco em pouco, ela chegou ao seu ouro mundial nas Olimpíadas de Tóquio. Antes disso, ela conquistou muitos pódios. Sua primeira apresentação, como juvenil, com 13 anos, foi no campeonato Troféu Brasil, em 2012, ganhando o ouro em grupo, superando ginastas brasileiros famosos.

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Seu início na competição adulta foi de cara em uma competição internacional. Em 2015, estreou na Copa do Mundo de Ginástica, na Eslovênia, competindo nas finais das paralelas assimétricas, ela conquistou o pódio com a medalha de bronze. Depois, a atleta não parou mais. Conquistou o seu primeiro ouro com a prova de salto sobre a mesa na mesma Copa, em outra região, dois anos depois.

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Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta fez história. Na disputa do individual geral, Rebeca ficou com a prata, já na disputa de salto ela carregou o ouro. Ela tornou-se a primeira mulher ginasta campeã olímpica do Brasil e a primeira atleta brasileira com duas medalhas em uma mesma olimpíada. No encerramento da cerimônia, desfilou como porta-bandeira da delegação.

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No Mundial do Japão de 2021 Rebeca superou seus recordes, ganhando mais duas medalhas, uma de ouro no salto e uma de prata nas barras assimétricas. Na última quinta-feira (3), no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, sediado em Liverpool, Rebeca conquistou o inédito e muito esperado ouro no individual geral, além do bronze no solo.

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Somado a todos esses méritos, foi a primeira latino-americana a se consagrar medalhista e campeã olímpica artística. Reunindo todos os seus feitos, ela tem no individual geral: 14 medalhas; como equipe: 16 medalhas; no salto sobre a mesa: 10 medalhas; nas barras assimétricas (conhecidas como paralelas): 16 medalhas; na trave olímpica foram 10 medalhas e no solo foram 5 medalhas.

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