Foto: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato

Na tarde desta quarta-feira, 25/05, estudantes, professores e técnicos administrativos e toda a comunidade universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC), estiverem em ato público dentro da universidade protestando contra uma intervenção que apontam como censura.

O ato começou por volta das 15 horas, com concentração em frente à Rádio Universitária FM, passando em frente à reitoria, indo até o Centro de Humanidades, onde ocorrerem falas e apresentações artísticas.

A Rádio Universitária FM se tornou alvo do presidente da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC), Paulo Aragão, apoiado pelo interventor da UFC, Cândido Albuquerque.

Segundo os manifestantes a censura se consolidou com a exoneração do então diretor da emissora, professor Nonato Lima, e com a proibição do programa que ele comandava há 26 anos, o Rádio Livre.

Para tirá-lo do ar, houve até ameaças de expulsão da emissora com a presença de seguranças enviados pela presidência da FCPC. A justificativa para que o programa fosse excluído da programação é por ser crítico à retórica populista do bolsonarismo, que ataca as instituições democráticas, as liberdades e a ciência. Não apenas o debate na emissora foi ameaçado, assim como a programação musical que faz referência à cultura afro.

Há mais de 40 anos, a Rádio Universitária FM é um patrimônio da comunidade acadêmica da UFC. Se tornando um símbolo da defesa dos direitos humanos, da cidadania, da democracia e da cultura brasileira, pertencente a toda a sociedade fortalezense.