Mapa do Inpe com focos de queimada na Amazônia registrado em 20 de abril de 2020

 

Nova análise do Ipam mostra que desmate alto em terras públicas em 2020 e material desmatado em 2019 que não queimou são combinação perigosa para incêndios, que começam em 2 meses.

O desmatamento da Amazônia no primeiro trimestre de 2020 foi 51% maior do que o do período equivalente de 2019. Um terço deste desmatamento aconteceu em Terras Públicas em processo de grilagem, ou seja, roubo do patrimônio de todos os brasileiros. Como os troncos, galhos e folhas das atuais derrubadas se juntarão ao material que não queimou no ano passado, o IPAM avisa que a temporada das queimadas deste ano promete ser ainda mais intensa.

“Quando a estação seca chegar à Amazônia, essas árvores derrubadas vão virar combustível para queimadas. Esse foi o ingrediente principal da temporada de fogo de 2019, uma história que pode se repetir em 2020 se nada for feito para impedir”, explica a pesquisadora Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) examinou os alarmes emitidos pelo DETER/INPE e verificou que desmatamento de Terras Públicas – áreas protegidas e terras devolutas – chegou a 260 km2, 33% da área total desmatada no período.

Leia também:

Pulmões ameaçados: Amazônia pode viver auge do Coronavírus durante temporada de queimadas