Entre as mulheres, grupo que contém o maior percentual de indecisos nesta eleição, a vantagem de Lula é de 16 pontos. Entre os que recebem o Auxílio Brasil, o petista tem 52% dos votos

Foto: Ricardo Stuckert

Por Mauro Utida

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31) pela Quaest, contratada pela Genial Investimentos, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida presidencial, chegando a 44%, 12 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL), que alcança 32%.

Lula empata tecnicamente com a soma de seus adversários, 44% a 45%, alcançando aproximadamente 49% dos votos válidos, o que indica possibilidade de vitória no primeiro turno. A sondagem mostra ainda que em um eventual segundo turno, Lula tem 51%, mesmo percentual do levantamento anterior, e Bolsonaro, 37%, oscilação negativa de um ponto.

A pesquisa atual traz ainda Ciro Gomes (PDT) com 8%, seguido por Simone Tebet (MDB), 3%. Vera (PSTU) e Felipe D’Ávila (Novo) têm 1% cada. Os outros candidatos não pontuaram. Indecisos são 6% e votos brancos e nulos somam 5%.

Eleitorado feminino

Entre as mulheres, Lula continua com grande vantagem sobre Bolsonaro. No grupo que contém o maior percentual de indecisos nesta eleição, a vantagem de Lula é de 16 pontos para Bolsonaro, chegando a 45% contra 29% de seu adversário. A pesquisa foi concluída antes da agressão verbal do atual presidente contra a jornalista Vera Magalhães no debate televisivo realizado no domingo (28) na TV Bandeirantes. Entre os homens, Lula leva uma leve vantagem sobre Bolsonaro: 45% a 37%.

Auxílio Brasil

Segundo Felipe Nunes, diretor da Pesquisa Quaest, a estabilidade nos segmentos entre Lula e Bolsonaro revela que mesmo depois de 15 dias desde a última rodada da pesquisa, ainda não foi observada de forma significativa o efeito do pacote de bondades do governo. No eleitorado de renda baixa, Lula tem mais que o dobro de Bolsonaro entre quem recebe Auxílio Brasil, com 52% contra 25% respectivamente.

A pesquisa Quaest entrevistou 2.000 pessoas de forma pessoal entre os dias 25 e 28 de agosto. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%.