Servidores públicos de diversas universidades e institutos federais se reuniram em Brasília para uma manifestação em busca de melhorias salariais e condições de trabalho. A marcha teve como destino o Ministério da Gestão, localizado na Esplanada dos Ministérios, onde os manifestantes exigiram uma resposta do governo federal às suas reivindicações.

Representantes foram recebidos por integrantes do governo federal, que elevaram a proposta de aumento para 9,5%.

Cerca de 51 universidades e 79 institutos federais em todo o Brasil estão em greve, protestando por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas implementadas durante os governos anteriores, incluindo os de Temer e Bolsonaro.

Durante a manifestação, os servidores carregaram faixas com suas principais demandas e enfatizaram a necessidade de uma resposta concreta por parte do governo federal. Um representante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) destacou a importância de reajustes salariais para todos os servidores, sejam ativos, aposentados ou pensionistas, rejeitando qualquer tentativa de divisão da categoria.

Os professores da Universidade de Brasília, por exemplo, votaram pela greve em uma Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação de Docentes da UnB (Adunb) no dia 8 de abril, motivados pela falta de reajustes salariais e benefícios como auxílio alimentação, saúde e creche.

Entre as demandas dos professores da UnB estão a recomposição salarial e a equiparação dos benefícios com os servidores de outros poderes, como o Legislativo e o Judiciário. Além disso, eles exigem a revogação de atos normativos que afetam suas carreiras.

O Ministério da Educação (MEC) afirmou que o governo federal concedeu um reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado, e destacou que está participando de mesas de negociação com os representantes dos servidores.