Chefes dos Ministérios Públicos Estaduais de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo apresentam resultado de investigações preliminares ao ministro Alexandre de Moraes

Foto: Reprodução/TV Globo

Com informações do Jornal Nexo

Procuradores-gerais de Justiça de três estados brasileiros confirmaram ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, em reunião nesta terça-feira (8), que os atos antidemocráticos que bloquearam estradas pelo país e agora se concentram em frente a quartéis para pedir uma intervenção militar têm apoio de empresários.

Moraes é relator de inquéritos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) que investigam bolsonaristas radicais e as investigações promovidas pelos procuradores-gerais de Justiça ocorreram após uma ordem do ministro.

Ao financiarem as manifestações, que vêm ocorrendo desde o dia posterior à vitória de Lula sobre Bolsonaro nas urnas, em votação no dia 30 de outubro, os empresários podem ser alvo de indiciamento por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito.

Os protestos se espalharam por quase todos os estados brasileiros, comando quase mil bloqueios em vias, sob complacência da Polícia Rodoviária Federal, comandada por Silvinei Vasques, ligado à família Bolsonaro. A polícia só agiu depois de uma ordem expressa de Moraes.

SP, SC e ES

Chefes dos ministérios públicos estaduais de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo levantaram informações sobre quem está dando sustentação aos manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, sobre Jair Bolsonaro, do PL, no segundo turno das eleições de 2022 a pedido do próprio Moraes.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, procurador-geral de Justiça de São Paulo, disse que os empresários bancam transporte e financiam os manifestantes por depósitos via Pix. O procurador-geral afirmou já ter nomes de empresários.

“É um financiamento que começou com o bloqueio de estradas, depois eles se movimentaram, foram para frente de quartéis e, a partir daí, estamos entendendo esse fluxo de pessoas, que podem responder na esfera criminal”, declarou o procurador-geral de Justiça de São Paulo.

Lula, petista que já governou o Brasil entre 2003 e 2010, venceu o atual presidente por uma margem apertada: 51% a 49%. Os bolsonaristas falam em fraude nas urnas sem apresentar provas.

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