Ministro das Relações Exteriores de Tuvalu grava mensagem para COP26 dentro do mar para destacar impacto da mudança climática em seu país. Cortesia/Ministério da Justiça de Tuvalu


Tuvalu pode ser a primeira nação a desaparecer por conta das mudanças climáticas, mas seu primeiro ministro garante que, mesmo depois de submerso, o arquipélago continuará sendo um país soberano.

O premiê Kausea Natano questionou, à margem da Assembleia Geral da ONU, as conversas “desnecessárias em círculos acadêmicos e diplomáticos sobre a definição de um país à luz do direito internacional”.

E acrescentou: “nossa soberania não é negociável”.

O país

Vista do aeroporto de Tuvalu. Imagem: Getty Images/iStockphoto

Atualmente Tuvalu tem uma população de cerca de onze mil pessoas, é formado por nove ilhas totalizando 560km de extensão.

Sua bandeira é azul clara com onze estrelas amarelas que representam cada uma de ilhas que compunham o arquipélago e, mesmo tendo duas ilhas já submersas, as estrelas permanecem na bandeira.

À frente do tempo, à frente das soluções

O país tem estado na vanguarda de grandes apelos à ação, desde a criação de um imposto global sobre os combustíveis fósseis até a ativação de um fundo de “danos” para compensações climáticas.

Agora, Tuvalu apresenta também para o futuro um projeto que consiste em transferir para a internet todo o acervo cultural do país, para que possa ser acessado posteriormente por todos que quiserem conhecer um pouco mais do lugar.

Além disso, eles anunciaram que irão construir o país no metaverso, para que a população refugiada possa visitar o país quando quiser e, assim, preservar sua história.

“Nós não temos escolha a não ser nos tornarmos a primeira nação digital do mundo”, afirmou o primeiro ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores, Simon Kofe.

A previsão de especialistas é que o país desapareça entre 50 e 100 anos, o que tornaria esta a última geração a conhecer o país antes dele submergir completamente.